Portal do IPCO
Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação
Logo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
Instituto

Plinio Corrêa de Oliveira

Ajude a financiar a Semana de Estudos e Formação Anti-Comunista 2025

Base chinesa na Patagônia: peão de ousada manobra do xadrez de Pequim

Por Luis Dufaur

4 minhá 6 anos


Estação de 50 milhões de dólares é dirigida por órgão das forças armadas chinesas

Uma antena gigantesca de metal resplandecente surge isolada e misteriosa numa área desértica da Patagônia. Ela tem uma altura equivalente a um prédio de dezesseis andares.

O dispositivo central pesa 450 toneladas e se diz servir para controle e satélites e missões espaciais chinesas. Por isso mesmo o comando está nas mãos do Exército vermelho.

A enigmática base solitária é um dos símbolos mais impactantes da estratégia de Pequim na América Latina, desafiando os EUA, escreveu o jornal “The New York Times”. 

A estação é plenamente operacional desde março e a China alega estudar a Lua. As condições em que foi iniciada foram estritamente ilegais até o governo Kirchner arrancar uma aprovação do Congresso.

O segredo da negociação suscitou debate na Argentina sobre os riscos do país ser arrastado à órbita de influencia do comunismo chinês.

A Argentina ficou de fora dos mercados de crédito internacional e o casal Kirchner aproveitou para empurrar o país para os braços da China. Entre as “salgadinhos” dos acordos, Cristina Fernández de Kirchner negociou secretamente a estação satelital da Patagônia.

Essa têm muitos usos estratégicos.

Frank A. Rose, ex subsecretario de Estado para controle de armas no governo Obama, apontou as sofisticas tecnologias para interferir, alterar e destruir satélites.

Supermercado Argen-Chino em Las Lajas, é instrumento de propaganda chinesa para seduzir a população local.

“Uma antena gigante é como um enorme aspirador” comentou Dean Cheng, que estuda a política de segurança nacional da China. “Suga sinais, informação, toda espécie de coisas”, completou.

Segundo o tenente coronel Christopher Logan, porta-voz do Pentágono, oficiais americanos ainda estão estudando essa estação de monitoramento.

Por sua parte, os funcionários chineses recusam qualquer entrevista sobre a base e seus intrigantes programas.

Líderes latino-americanos lamentam ver seus países acabrunhados de dívidas e seu futuro hipotecado pelo lulopetismo e afins.

Guelar argumenta que Washington “abdicou” de sua liderança “porque não quer assumi-la”.

A Agência Nacional China de Lançamento, Acompanhamento e Controle Geral de Satélites, divisão das forças armadas chinesas ganhou 200 hectares sem aluguel durante 50 anos em Neuquén, não longe da fronteira chilena e da megajazida argentina de gás e petróleo de Vaca Muerta.

Após exercícios conjuntos no mar brasileiro em 2013 e no chileno em 2014, Pequim vem convidando oficiais latino-americanos a aperfeiçoar sua formação militar na China.

Venezuela gastou centenas de milhões de dólares em armas da China. Bolívia comprou aeronaves chinesas por dezenas de milhões de dólares. Argentina e Peru assinaram acordos mais discretos.

Imagem satelital da estação chinesa na Patagônia. Argentinos acham que tem segundas intenções. E os EUA estão preocupados.

A China também quer discrição para evitar atritos com os EUA.

De fato, poucas semanas depois do início das atividades da antena chinesa na Patagônia, o Pentágono anunciou financiar um centro de resposta de emergências em Neuquén, a província onde está a base chinesa e o principal das indústrias nucleares e satelitais da Argentina.

Obama foi bajulado pelas diplomacias bolivarianas e vaticana quando restaurou as relações com Cuba em 2014. A China explorou essa distração, quiçá cúmplice.

Em Bajada del Agrio (2.000 habitantes) os habitantes falam da presença chineses com desconcerto e temor.

“O pessoal acha que é uma base militar”, disse Maria Albertina Jara, diretora da rádio local. “O pessoal tem medo”.

O prefeito, Ricardo Fabián Esparza, conta que os chineses querem se amigáveis mas ele se sente mais inquieto que otimista. A base é um “olho apontado contra os EUA”, completou.

Os chineses fazem festa para a população local, escreveu “La Nación” de Buenos Aires. Presentes, comemorações conjuntas do Ano Novo Chinês para tentar abafar as suspeitas e espalhar um clima de convivência.

A administração Macri acrescentou ao tratado um adendo sublinhando que a base só poderá ter finalidades científicas e pacíficos, excluindo qualquer uso militar, acrescentou “La Nación”. 

Mas o enigmático proceder chinês não inspira confiança alguma de que o tratado será cumprido.

Detalhes do artigo

Autor

Luis Dufaur

Luis Dufaur

1043 artigos

Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

Categorias

Tags

Esse artigo não tem tag

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Tenha certeza de nunca perder um conteúdo importante!

Artigos relacionados