Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 7 anos
“Não vamos levantar muros entre o Bem e o Mal. São termos anacrônicos, fósseis primitivos, superados; nada se exclui inteiramente, pois tudo é relativo” –– dizem os relativistas. Será mesmo?
O sim é mais simpático, pelo menos à primeira vista. Numa pesquisa, constatei que ele está registrado 462 vezes na Bíblia, em 435 versículos, enquanto o não tem 8.409 registros, em 6.772 versículos. Portanto, vitória esmagadora do não!
Surpreendente? Por que isso é assim? É porque Deus realmente nos ama, e uma de suas palavras de amor mais frequentes é o não.
O não muitas vezes é luminoso. E o sim por vezes é tenebroso. A clareza pede frequentemente o não, por paradoxal que pareça.
Eis algumas palavras da Sagrada Escritura que exprimem ódio e exaltam, ainda que sem citá-lo, o não: “Odiei os iníquos” (Salmo 118, v.13); “Mentirosos, bestas perversas” (Epístola de São Paulo a Tito, cap. 1, vers. 12); “Sois filhos do demônio” (Evangelho de São João, cap.8, vers. 44 ). São Paulo chega a recomendar: “Repreende-os com dureza” (Epístola de São Paulo a Tito, cap.1, vers.13) etc.
Veja-se o que ensina a propósito o Papa São Pio X [abaixo, foto colorizada] em sua Carta Apostólica Notre Charge Apostolique, de 25-8-1910:
“O mesmo acontece com a noção de fraternidade, cuja base eles colocam no amor dos interesses comuns, ou, além de todas as filosofias e de todas as religiões, na simples noção de humanidade, englobando assim no mesmo amor e numa igual tolerância todos os homens com todas as suas misérias, tanto as intelectuais e morais como as físicas e temporais. Ora, a doutrina católica nos ensina que o primeiro dever da caridade não está na tolerância das convicções errôneas, por sinceras que sejam, nem na indiferença teórica e prática pelo erro ou pelo vício em que vemos mergulhados nossos irmãos, mas no zelo pela sua restauração intelectual e moral, não menos que por seu bem-estar material.”
Um mundo sem o sim e o não apresenta — concluo com palavras de Plinio Corrêa de Oliveira — “um horizonte em que o céu aparece baixo e plúmbeo, nenhuma aragem de fé, nem sequer de idealismo, sopra no ar estagnado. E do pantanal da terra apenas se elevam o odor e os miasmas de uma pobre humanidade entregue inteiramente ao ceticismo, à dúvida e à satisfação irrestrita de suas próprias paixões”.
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