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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Cadela vestida de noiva

Por Cid Alencastro

4 minhá 13 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:31:22 PM


A madrinha com os noivos no colo

Nos presentes dias, tudo concorre para que a natureza humana seja degradada: aprovação de leis abortistas, facilitação do uso de drogas, imoralidade galopante, músicas frenéticas, arte delirante, e o que mais se queira. Nesse contexto social de rebaixamento humano, não poderia deixar de acontecer que seres irracionais, de natureza inferior, fossem promovidos a gozar direitos semelhantes aos dos humanos. Donde a propaganda insistente quanto aos “direitos dos animais”.

Ninguém defende que os animais devam ser maltratados, pois seria uma insânia. Eles existem para o serviço do homem e devem ser tratados de modo racional. Desde tempos imemoriais os cães são considerados amigos do homem e são bem tratados por ele. O trinado melodioso de um pássaro ou o colorido de um pavão sempre foi muito apreciado.

Mas procurar equiparar o animal ao homem, não engrandece o animal — incapaz de elevar-se acima de sua natureza — e degrada o homem.

* * *

Seguindo essa onda, a prefeitura de Porto Alegre instituiu uma Secretaria dos Direitos Animais, aprovada pela Câmara Municipal. Noticia o site daquela prefeitura:

“O prefeito José Fortunati sancionou nesta segunda-feira [25-7-11], a lei que cria a Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda), durante solenidade no Salão Nobre do Paço Municipal. A pasta tem como objetivo estabelecer e executar políticas públicas destinadas à saúde, proteção, defesa e bem-estar animal da cidade. […] A prefeitura terá uma estrutura, com 14 cargos, e orçamento para trabalhar ações com mais contundência. O prefeito assumirá a responsabilidade pela pasta com o apoio voluntário da primeira-dama Regina Becker”.

Diante dessa notícia, cabe aqui uma observação preliminar: somente os humanos, racionais, podem ser sujeitos de direito; nunca os animais. E o homem não deve maltratar a estes, porque tal atitude é oposta à sua racionalidade.

A noiva

Entretanto, chegamos ao extremo de mães que abortam seus filhos e concedem a seu cão ou gato tratamento que talvez não dariam à sua prole! A moda agora é hotel de luxo e salões de beleza para cães e gatos, incluindo perfumaria, piscinas, manicure, quitutes e gozo de férias… Acrescentem-se “casamentos” com festa e convidados!

Não estamos exagerando. Em Londres, “casaram-se Lola [uma cadela] e Mugly [um cachorro], numa aristocrática mansão toda decorada em branco, prata e rosa. A ‘noiva’ usou vestido em organdi suíço, em camadas, sem mangas, decote canoa, com manteaux de renda prata e branco, braceletes com navetes e colar de contas de cristal. O ‘noivo’ vestiu austero colete de cetim preto, colarinhos brancos engomados, gravata papillon preta, e meia cartola. A madrinha [dona dos bichos] e convidadas ostentavam chapéus.

“A madrinha, Louise Harris, convidou 80 pessoas para a cerimônia. Ela investiu 20 mil libras, ou R$ 52,3 mil, na festa. Só o aluguel da mansão custou R$ 6.540, ou 2500 libras esterlinas. No coquetel, mais 3 mil libras, ou R$ 7,85 mil. Os floristas cobraram mil libras (R$ 2,6 mil). Não faltaram os seguranças, com cachê de 400 libras (R$ 1050). Louise Harris fez um emocionado discurso, com a noiva no colo, e comemorou brindando com champagne” (http://margaritasemcensura.com/fotos-da-semana/cachorros-casam-com-luxo ; 6-4-11).

* * *

A madrinha com a noiva

Ao colocar os bichos no nível humano, afrontam-se não só as leis da natureza como a própria doutrina católica. Como ensina o Doutor Angélico, “na hierarquia dos seres, aqueles que são imperfeitos são criados para os mais perfeitos […] assim, os seres que têm apenas a vida, como os vegetais, existem no seu conjunto para todos os animais; e os animais existem para o homem. Eis porque, se o homem se serve das plantas para o uso dos animais, e dos animais para seu próprio uso, isto não é ilícito, como já o demonstrou Aristóteles. […] Se a ordem divina conserva a vida dos animais e das plantas, não é para eles mesmos, mas para o homem” (São Tomás de Aquino, Suma Teológica, t 3, q. 64, a. 1).

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