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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Cardeal Casimiro Swiatek o “homem de lenda” que não será esquecido

Por Luis Dufaur

3 minhá 5 anos — Atualizado em: 11/8/2019, 10:30:12 PM


O Cardeal Casimiro Swiatek da Bielorússia morreu em Minsk a 21 de julho do 2011 com 96 anos de idade, engrossando a legião dos mártires do comunismo. O Cardeal nasceu em Valga (atual Estônia), e naquela época parte do Império Russo, em 21 de outubro de 1914.

Cardeal Casimiro Swiatek da Bielorrússia

Estudou no seminário de Pinsk (Bielorrússia) e foi ordenado sacerdote em 8 de abril de 1939

Seu sucessor e atual Metropolita de Minsk-Mohilev, Dom Tadeusz Kondrusiewicz, lembrou na homilia do funeral que sendo jovem sacerdote, o cardeal foi preso pelo Exército Vermelho e condenado à morte. Mas foi salvo pelos populares.

Cardeal Casimiro Swiatek da Bielorrússia

Em seguida, foi novamente preso e condenado a dois anos no campo de concentração de Mariinsk (Sibéria) e sete no de Vorkuta, no Ártico, onde foi forçado a trabalhar nas minas.

Naquele ambiente hostil, ele celebrava secreta e heroicamente a Missa para os fiéis católicos que sofriam a iníqua pena e tinham diante de si a perspectiva da morte por extremos maus tratos.

Em 29 de outubro de 1990, a mais alta voz do Vaticano o chamou de “o homem da lenda.”

Em 1991 recebeu a sagração episcopal e em 1994 foi feito cardeal.

Em 2004, ganhou o prêmio de “Testemunha da Fé”, e João Paulo II disse a respeito dele:

“A Providência chamou a caminhar o caminho da cruz de perseguição e de solidariedade com a paixão do povo cristão que lhe foi confiada, trazendo em primeira mão a cruz de prisão, da condenação injusta, dos campos de trabalho com suas cargas de fadiga, frio, fome. “

Bento XVI recordou “a testemunha corajosa de Cristo e sua Igreja em tempos particularmente difíceis, bem como o entusiasmo derramou mais tarde, contribuindo para o caminho do renascimento espiritual deste país.”

“O Ocidente sabia e não fez nada”


O jornalista Giacomo Galeazzi lembrou que, no diário de seu cativeiro, o futuro cardeal descreveu o tremendo drama daqueles católicos esquecidos até pelos seus irmãos na Fé, mas protegidos pela mão de Deus:

“O Ocidente sabia, mas não interveio. E nós nos sentimos abandonados e desamparados”.

A Agência ACI, num despacho de 24 de julho, reproduziu suas terríveis palavras alusivas também ao clero que no Ocidente procurava se tornar amigo dos perseguidores comunistas:

“Sim, nós éramos chamamos de Igreja do silêncio e muitos no Ocidente achavam que já não existíamos”.

O herói da Fé faleceu em 21 de julho de 2011 e foi enterrado no dia 25 na catedral de Pinsk que ele próprio restaurou.

“Descanse na paz o servo bom e fiel”, conclui então a revista Ecclesia Digital.

Em verdade merece o elogio evangélico de “servo bom e fiel” porque foi herói contra o Leviatã comunista diante do qual tantos e tantos eclesiásticos e leigos se aviltam hoje procurando acordos radicalmente opostos, embora disfarçados, da Igreja Católica com regimes marxistas, explícitos ou dissimulados.

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Luis Dufaur

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Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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