Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:48:54 PM
No ano 2000 a ONU propôs, entre os objetivos sociais a serem alcançados pelos países membros, a meta de reduzir pela metade o número dos que vivem na pobreza extrema na terra (definida como uma renda inferior a cinco reais por dia).
Para o grande jornal italiano “Il Corriere della Sera”, que comentou a meta em editorial, esta pareceu utópica.
Porém, 15 anos depois, a meta não só foi atingida, mas superada com folga. Segundo a mesma ONU, os extremamente pobres caíram de 2,6 bilhões em 2000 para 836 milhões em 2015.
O jornal acenou respeitosamente para a contradição entre os dados da ONU e os discursos do Papa Francisco I e do presidente Obama, feitos na mesma sede dessa organização mundial.
Os dois máximos representantes da ordem espiritual e temporal fizeram discursos em que pareciam desconhecer esse dado fundamental e adotar a demagogia barata das esquerdas mundiais.
O jornal italiano sublinhou os índices impressionantes da redução da pobreza extrema na China e no sudeste da Ásia, onde a queda foi de 84% do total dos extremamente pobres.
Na América Latina, a redução da pobreza extrema foi sumamente bem-sucedida: queda de 66%.
Na África, os números não foram tão bons, mas são dignos de menção: a categoria dos mais pobres diminuiu 28%.
O jornal observou que essa melhora histórica deve ser atribuída ao dinamismo do capitalismo privado, sobretudo nos “tigres asiáticos” e em países como o Brasil.
E os progressos econômicos não foram os únicos entre os mais pobres.
Por exemplo, no campo sanitário reduziu-se pela metade a mortalidade infantil na África subsaariana, enquanto foram colossais os progressos na educação básica: 90% das crianças hoje vão à escola, e 80% completam todo o ciclo.
Lendo esses dados, é-se levado a perguntar que motivação leva a CNBB, o Papa Francisco e presidentes como Obama a ficarem enfiando farpas contra o regime de propriedade privada, a livre iniciativa e a capitalização pessoal.
Não deveriam eles, que se apresentam como zelosos dos mais necessitados, humanitários e misericordiosos, elogiar esses resultados e promover o sistema que os produziu?
Mas nada ouvimos nesse sentido da parte desses líderes. Como explicar tão enorme e enigmática contradição?
Seja o primeiro a comentar!