Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
6 min — há 9 anos — Atualizado em: 2/8/2018, 10:44:49 PM
Realizou-se no dia 6 de agosto no Clube Homs, na capital paulista, a exposição de um tema que tem despertado enorme interesse: “Por que devemos ser contra a Ideologia de Gênero”.
Expuseram-no com clareza, segurança e vivacidade próprias de especialistas na matéria, a Dra. Isabella Mantovani de Oliveira [na foto acima, à esquerda] e a Profª. Fernanda Takitani [à direita], atraindo muito a atenção do público.
Os demais componentes da mesa foram S.A.I.R. Dom Bertrand de Orleans de Bragança; Dr. Adolpho Lindenberg, presidente do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira; Dr. Caio Vidigal Xavier da Silveira, presidente da Federação Pró-Europa Cristiana; e o Dr. Mario Navarro da Costa, diretor do Bureau da TFP norte-americana em Washington.
A sessão foi aberta pelo Dr. Adolpho Lindenberg [foto], que destacou a atualidade do tema, tendo em vista particularmente incentivar a reação ao procedimento do Ministério de Educação e Cultura, que tenta implantar tal ideologia nas escolas de ensino fundamental, através do Plano Nacional de Educação (PNE).
A Dra. Isabella Mantovani de Oliveira ressaltou a armadilha montada pelos “ideólogos de gênero” para tentar introduzir essa antinatural teoria em nosso País.
O Ministério da Educação tem a atribuição de formular em cada década o Plano Nacional de Educação, “que dá todo o direcionamento da educação das crianças. […] Uma geração está sendo formada, forjada dentro de uma ideologia”, explicou ela.
Em seguida, destacou a palestrante a atuação de pessoas que começaram a reagir contra essa imposição, “para espanto dos ideólogos de gênero”. Tal ação se levantou “com força, com argumentos; foi ao Congresso Nacional”. E o resultado foi que os“parlamentares se assustaram de ver como a nossa sociedade estava atenta aos acontecimentos”. Então, no Congresso Nacional “O PNE foi votado sem a Ideologia de Gênero”.
“Foi a primeira vez na História, em todo mundo, que a Ideologia de Gênero foi derrotada em um país. […] Mas como os ideólogos de gênero têm uma agenda a cumprir”, acentuou a Dra. Isabella. Agiram eles através do Conselho Nacional de Educação, impondo a inclusão do tema no currículo escolar dos estados e dos municípios, ignorando a derrota na votação no Congresso: uma armadilha para tentar a inoculação do veneno pelas capilaridades.
Entretanto, a surpresa aumentou quando, em mais de 90% dos municípios que já votaram o PNE, a inclusão da Ideologia de Gênero foi rejeitada. Os estados ainda devem votar os respectivos Planos Estaduais de Educação.
A expositora também destacou a argumentação irretorquível que tem sido apresentada aos que se utilizam da falsa justificativa do preconceito para introduzir a Ideologia de Gênero, cuja essência consiste na destruição da família e da sociedade. Observou ainda que “as pessoas estão atentas e sensíveis ao bem e à verdade. Embora muitos queiram nos fazer crer que tudo está perdido, não está.”
E indicou um programa de ação: “Nosso trabalho agora é formar a opinião pública. Entender e esclarecer as pessoas. Por isso, parabenizo todo o trabalho do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira que batalha incansavelmente para conscientizar a opinião pública”.
A Profª. Fernanda Takitani [à direita], expôs o conteúdo da Ideologia de Gênero, visando esclarecer também quem são e o que desejam os que a propagam.
Segundo a definição que consta de documento da Conferência Episcopal de Portugal, a qual elaborou estudo sobre a matéria, “essa teoria ultrapassa a distinção entre sexo e gênero, forçando a oposição entre natureza e cultura”. Ou seja, ninguém nasceria homem ou mulher, sendo esta distinção produto da cultura, negando-se assim a biologia e a ordem natural do ser humano.
A palestrante demonstrou ainda que a família é o alvo da Ideologia de Gênero, sendo a maternidade o fator intransponível de diferenciação entre homem e mulher; por isso, tal ideologia ataca. Classificou a identidade sexual autodefinida como revolta contra a realidade, em oposição ao sexo biológico.
Ilustrando sua exposição com slides, a Profª. Fernanda apontou como origem da Ideologia de Gênero o movimento feminista que visa acabar com a família e nega a complementaridade entre o homem e a mulher. Revelou que as feministas mais ideologizadas adotam a doutrina marxista sobre as relações entre os dois sexos, cuja complementariedade atacam porque, segundo elas, de tais relações é que se origina a família.
Ela observou que o feminismo foi se basear em Marx, para o qual a família constitui o grande entrave ao processo revolucionário, princípio olvidado pelo leninismo, foi retomado pelo feminismo na década de 60.
Em determinado momento, as feministas se dividiram, surgindo então um novo feminismo, o qual afirma que nem mesmo a distinção de sexos deveria existir, conforme seguinte texto do livro da autora Shulamith Firestone: “E como o objetivo final da revolução socialista não era a eliminação do privilégio da classe econômica, mas a distinção de classe, em si, do mesmo modo o objetivo final da revolução feminista, ao contrário do primeiro movimento feminista, não é só a remoção do privilégio masculino, mas a própria distinção de sexo.”
A expositora explicou como a partir da aplicação dos princípios marxistas e hegelianos na concepção do feminismo, atingiu-se o abismo da aceitação do aborto, da pedofilia e do incesto.
A propaganda de gênero utiliza palavras-talismãs, pregando o direito à autonomia das crianças (pedofilia) e a liberação sexual delas. A erotização de tudo resulta na extinção da própria família.
A Profª. Fernanda alertou ainda para o perigo que representa a presença cada vez maior do Estado na educação, visando igualmente a destruição da instituição da família.
O Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança [foto] encerrou a sessão, que foi muito apoiada pelo numeroso público. Após citar ensinamentos do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, salientou motivos de esperança para a obtenção da vitória sobre a Ideologia de Gênero, pois Nossa Senhora prometeu o triunfo de seu Coração Imaculado àqueles que combatem sob sua proteção.
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