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Criminoso cruel, pretexto para o desarmamento?

Por Nilo Fujimoto

2 minhá 12 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:28:34 PM


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O massacre que um jovem de 20 anos cometeu contra adultos e crianças na escola de ensino fundamental Sandy Hook, cidade de Newtown (Connecticut, nordeste dos Estados Unidos), logo após ter matado a própria mãe, causou horror e espanto, aliados a um sentimento de desolação e desorientação.

Somam-se 27 vítimas do ataque brutal perpetrado pelo criminoso, munido de 4 armas, segundo investigação policial. Os relatos são escabrosos, suscitam indignação.
Na onda dessa justa indignação, esquerdistas de plantão, bafejados por certa mídia, estão querendo aproveitar a ocasião para dizer que crimes hediondos como esse têm sua origem no fato de a população possuir armas de defesa. E assim, por causa da ação de um louco (ou possesso!), querem desarmar os homens de bem.

Não há dúvida que vidas ceifadas na plena infância tornam extremamente doloroso o acontecimento. Mas é indisfarçável o oportunismo daqueles que, mais por ideologia do que por verdadeira comiseração, aproveitam-se do acontecimento trágico para apontar-lhe uma causa de nenhum modo provada.

Para os partidários do desarmamento geral, a causa da tragédia está no instrumento e não, como é razoável pensar, no manipulador do instrumento. Isto porque o instrumento por si só é inerte. O que pode uma arma sozinha realizar? Ademais, é curioso notar como os propugnadores do desarmamento dos cidadãos honestos nunca pensam em medidas para coibir o comércio ilegal de armas, principal responsável pelos crimes…

Não foi a arma que disparou. Foi o indivíduo que a portava o autor dos disparos fatais, o culpado.

Poderia ele ter-se munido de outro instrumento ou meio para produzir uma tragédia, como gasolina e fósforo. Vamos proibir o comércio de gasolina ou de fósforo? Vamos acabar com os automóveis, um dos fatores de morte mais terríveis, que ceifa vidas todo o tempo, toda hora e toda semana e todo ano, décadas e anos, não escolher raça, religião ou idade.

Curiosamente, esse amor pela vida das crianças é de um unilateralismo espantoso. Será coerente uma posição de dor pelas 20 crianças mortas por esse monstro, e não levar em consideração os milhões de crianças que são mortas todos os anos pela prática do aborto voluntário?
Desarmar as pessoas honestas é abrir as portas para o banditismo mais desenfreado. A propósito, e o direito que o indivíduo tem de se defender a si e seus é ou não um direito natural?

Por último: o leitor sabia que a maior parte dos atentados do gênero de Connecticut – nos EUA como no resto do mundo – são realizados com armas ilegais? O que é necessário é tomar todas as medidas cabíveis para impedi-las.

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