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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Deus destronado pela “Mãe Terra”?!


Embora este artigo seja aberto a quem estiver disposto a degluti-lo, convido especialmente os católicos a me acompanharem nestas considerações.             Desde a década de 1950, maisespecialmente a partir do Concílio Vaticano II, vem se verificando na opiniãopública católica um afastamento insensível, paulatino e ininterrupto em relaçãoa Deus, em nome da ideia cínica de que Ele não castiga, de que não há inferno enem mesmo purgatório.

            Por causa disso, os problemas, sobretudoos morais, vêm progredindo, com o sinal verde ou a complacente passividade deinúmeras autoridades religiosas, principais responsáveis pela observância dosMandamentos da Lei de Deus na sociedade.

            Vamos a exemplos concretos. Todossabem que motéis são locais destinados à prática de pecados contra o sexto e onono Mandamentos. Quem passa pela rua, sabe o que está ocorrendo lá dentro. Mas hoje essa triste realidade é inteiramente tida comonormal. Chegou-se a isso porque muitos dizem “Deus perdoa tudo e a todos e nãocastiga ninguém”…

            Os trajes imoralíssimos de hoje,mais próximos do nudismo do que nunca, são utilizados até dentro das igrejas,nas missas e — oh dor! — na comunhão. Sacrilégios se sucedem às catadupas.Claro, isso porque “Deus perdoa tudo e a todos e não castiga ninguém”…

            As praias se tornaram locais denudismo efetivo. Quem ousaria chamar de traje o que se usa nelas? Homens emulheres pecam olhando-se impudicamente sem restrições, porque “Deus perdoatudo e a todos e não castiga ninguém”…

            As famílias inteiramente afinadascom a verdadeira Doutrina Católica estão reduzidas a um número mínimo. E, numleque de pecados gravíssimos, chega-se até a realizar casamentos entre sereshumanos e animais! Nada demais? Claro que não, dizem, pois “Deus perdoa tudo ea todos e não castiga ninguém”…

            O consumo de drogas está de talmaneira dominante, que já se cogita em liberá-lo. Claro, uma vez que “Deusperdoa tudo e a todos e não castiga ninguém”…

            O aborto é um assassinato cometidoaos milhões, mas Deus não dá importância. Claro, “Ele perdoa tudo e a todos enão castiga ninguém”…

            O leitor ou a leitora já deve estarcom náusea desse triste elenco, o qual, aliás, poderia continuar com outrostemas, como a monstrificação das pessoas, a extinção da civilização, a implantaçãodo horrendo, o satanismo etc.

            Embora esse fenômeno respingue emtoda a humanidade, os católicos foram mais especialmente influenciados pela falsamáxima de que Deus não castiga ninguém, de que seu Poder é fictício, de não sedeve temê-Lo. Isso leva as pessoas a pecarem cada vez mais abertamente,ofendendo-O sem o menor sentimento de dor.

            Aqui vem a razão mais profunda desteartigo.

            Aqueles que mais incutem a falsaideia de que não se deve temer a Deus e fecham os olhos para a imensidão depecados que se cometem, procuram de outro lado incutir um temor terrível — estesim, infundado, porque destituído de base científica consistente — de que anatureza vai punir a humanidade se esta não cumprir as normas ditadas pelosmovimentos ecologistas, especialmente pelo Sínodo da Amazônia.

            Isso explica porque Fátima não épregada suficientemente nas igrejas, nem se fale da ameaça enunciada por NossaSenhora de que Deus punirá com um castigo terrível as infidelidades a Ele.Afinal, como Deus pode estar indignado se, segundo o Papa Francisco disse naCova da Iria, “Deus perdoa tudo e atodos”?

            Fica claro que talpostura em face de Fátima neutraliza inteiramente o efeito salvador da Mensagemda Santa Mãe Deus em 1917 e explica porque a humanidade ainda não se converteu.

            E o temor maior ficatransferido para a natureza. Esta, sim, castiga! E para evitar que isso aconteça,é necessário realizarmos o novo comunismo indígena, propalado pelo Sínodo daAmazônia e pela nova igreja que ele vai lançar.

            O temor do Deus Eterno,que fará um juízo também eterno, é substituído pelo temor da natureza e dos ancestraisindígenas.

            Aqueles mesmos queminimizam o temor de Deus, que é real, exageram, inculcam o temor fictício danatureza.

            O mais triste é quetudo isso recebe um impulso muito forte do clero progressista, que se fazpassar como sendo a autêntica Igreja de Deus.

            Caminhamos assim parauma nova religião, na qual, pelas próprias mãos de seus pastores, se destrona aDeus e O substitui pela “Mãe Terra” ou Pachamama.

            Miserere nobis, Domina!

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Autor

Marcos Luiz Garcia

Marcos Luiz Garcia

47 artigos

Conheceu o Professor Plinio Corrêa de Oliveira e tornou-se seu discípulo em 1967, com 14 anos, aderindo à TFP. Atualmente continua ininterruptamente sua atuação contra-revolucionária colaborando de forma integral com o IPCO. Especializou-se em coleta de fundos, ações de mailing e contatos com o público. Escreve artigos para a Agencia Boa Imprensa e é autor do livro Fátima a Grande Esperança divulgado no Brasil, na Argentina, na Colômbia e no Peru. Por fim, orienta e coordena campanhas da Associação Devotos de Fátima.

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