Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 3 anos — Atualizado em: 10/11/2021, 5:43:18 AM
O que seria do PC no Brasil sem apoio da midia? E o PT sem apoio do clero de esquerda teria chegado ao Poder?
Vejamos o comentário do Prof. Plinio, para a imprensa paulista:
“O verdadeiro perigo comunista no Brasil não resulta diretamente da atuação do Partido Comunista, porém da expansão contínua, rápida, e o mais das vezes velada, de certas formas de progressismo, rotulado de socialista ou cristão, de demo-cristianismo esquerdista etc. Ele tende a derruir o instituto da família por leis e costumes que lhe arruínem a estabilidade, e desprestigiem a autoridade paterna ou materna. Ele vai minando e mutilando gradualmente a propriedade privada por uma série de leis de índole socialista e confiscatória.
“Assim, sem o perceber, por um processo semelhante ao da erosão, o País vai perdendo seu húmus cristão, e nossa civilização cristã vai-se transformando em uma civilização socialista. Por sua vez, à medida que o socialismo for se requintando e extremando, iremos nos aproximando do comunismo.“Livros e Campanhas de grande repercussão na década de 1970 (pliniocorreadeoliveira.info)
Em outras ocasiões o Prof. Plinio compara o PC a um anão surfando nos holofotes da midia.
A midia tenta lançar uma terceira via, muito parecida com a vocação dos Kerenskis que entregaram a Rússia ao bolchevismo e o Chile ao comunismo. Sim, Eduardo Frei (DC) foi o Kerenski que levou Allende ao poder.
Uma defesa de tese, de militante da esquerda, vem confirmar as observações do Prof. Plinio.
“Em relação à Marcha da Família com Deus Pela Liberdade, lembro do ódio que tínhamos disso, daqueles tipos humanos a la TFP… Mas também do impacto, porque não achávamos que seria tão grande como foi. Quando houve a marcha em São Paulo, deu um certo susto, um medo, uma sensação de que haveria uma guerra civil.”
O mesmo susto, podemos afirmar, teve a esquerda com esses milhões saindo às ruas no 7 de setembro. Continua a tese:
“Essa ideia, naquela época, era algo mais próximo do que hoje. São Paulo estava dividida, e não tinha muita dúvida de que aquele pessoal iria pegar em armas, e que a gente estava do outro lado. Só que a gente tinha esperança que o Exército não estivesse do outro lado, e que o operariado fosse muito mais organizado, conscientizado e ativo do que realmente era.
“A gente esperava uma resistência que não aconteceu; não conseguiram nem chamar uma greve significativa. Me lembro do clima de tristeza, de desapontamento, de cair na real: “não existia nada? O chamado aparato político-militar do Jango era inexistente?”. Era inexistente. Havia a ideia de que era tudo muito bem organizado, muito bem preparado…
Contato com movimento operário, com movimento camponês, só em sonho (riso). A gente falava muito nisso, mas eu mesmo não tinha contato nenhum. Quem tinha esse contato era o Partido Comunista. Pouco, mas tinha.” (1)
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Ou seja, a esquerda vivia numa “bolha” em 1964 e na hora “h” não houve movimentação popular, não houve greve operária, não havia o tal aparato político-militar de Jango.
Assim como Stédile não movimenta hoje as massas camponesas, nem Boulos tem contingentes para as invasões urbanas. O que há é propaganda midiática a favor das esquerdas.
E o Clero de esquerda, a própria CNBB, as CEBs que foram suportes do PT, caíram no desprestígio.
“Queria lembrar como os estudantes da Maria Antonia receberam o Golpe de 64. No dia anterior, eu tinha participado de diversas palestras em cima de uma doceria holandesa, um espaço do Partidão na Maria Antonia. Na véspera do Golpe, todo mundo foi perguntar para os companheiros do comitê municipal o que ia acontecer, porque estavam falando da iminência de um golpe militar. Falaram para nós: “o povo vai sair na rua. Já saiu em tal lugar, vai defender a democracia, vai defender o Jango! O povo não vai deixar a milicagem tomar o poder; isso aqui é uma democracia, e o povo está com a Frente Ampla, principalmente aqui em São Paulo”
“– “Mas e a Marcha da Família com Deus pela Liberdade?” – “Nós temos nosso esquema de sargentos – tudo no partidão era esquema de sargentos. Vai ter uma revolta, pode deixar”. No dia seguinte, em uma aula de Dinâmica de Grupo, chega para a gente a notícia: “o Magalhães Pinto se juntou com São Paulo, com o Rio, e já derrubaram o Jango”. Eu fiquei com os pelos eriçados: “e na rua, houve alguma manifestação?”. Nada. Nada, os militares tomaram o poder e não houve nada! E dali a alguns dias a palavra de ordem do Partido para a gente era “recuo organizado: mantenham-se em calma, não dêem bandeira, esperem o que fazer”. Era adequado, mas estranho em comparação à palavra de ordem anterior, que era “participação popular”, “povo na rua”. Foi esse o espírito com que recebemos o Golpe.” (Idem)
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Em outras palavras, o autor confessa o fracasso do PC em articular, em organizar, em comandar. As promessas: “o povo vai sair na rua. Já saiu em tal lugar, vai defender a democracia, vai defender o Jango! O povo não vai deixar a milicagem tomar o poder; isso aqui é uma democracia, e o povo está com a Frente Ampla, principalmente aqui em São Paulo”… eram pura fantasia.
Também, nesse 7 de setembro, quem saiu às ruas em favor das esquerdas? E o que conseguiram aglutinar em sucessivas tentativas?
A esquerda, a CPI da Covid têm de seu lado, parte da midia, têm outros auxiliares … mas povo não têm.
Sirva isso de lição aos conservadores, que se levantaram desde 2015, em grandiosas e eficazes manifestações de rua.
Nossa Senhora Aparecida proteja o Brasil, livre nossa Pátria do comunismo, do socialismo e do falso Centrão.
(1) (Tese de doutorado de SAMIR PÉREZ MORTADA — TEMPOS DA POLÍTICA: MEMÓRIAS DE MILITANTES ESTUDANTIS DO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)
Marcos Machado
492 artigosPesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.
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