Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 8 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:47:58 PM
(Transcrito do site – ReturntoOrder.org)
O livro, “Retorno à ordem: de uma economia frenética a uma sociedade orgânica cristã—por onde temos andado, como aqui chegamos, e para onde devemos rumar”, é uma proposta que gira em torno da ideia de um retorno. Uma vez que este título poderia ser mal interpretado ou descartado como sendo mera nostalgia, precisamos explicar o que queremos dizer com retorno.
A palavra retorno pode transmitir a ideia de que nos desviamos da rota e um desejo de corrigí-la, como por exemplo, no caso de um pecador que volta a praticar a virtude. Retorno pode também lembrar alguma experiência encantadora ou agradável e o desejo de repetí-la. Retorno expressa também a ideia de voltar ao devido lugar. Uma passagem de volta geralmente leva a pessoa para casa. Ganhar passagem de ida simples pode indicar que a pessoa não é bem-vinda em seu próprio lugar. Quando alguém chega a um ponto que não tem volta, isso significa que sua situação é desesperada e ele não pode voltar ao seu próprio lugar ou a um lugar onde se sinta à vontade.
Todas estas noções expressam algo da nossa idéia de volta. Quando nos extraviamos, procuramos voltar à virtude. Desejamos redquirir valores excelentes que costumávamos adotar. Nossa ideia de retorno tem algo do calor e da delícia de voltarmos ao próprio lar.
Devemos deixar bem claro que não se trata de voltar a uma era histórica. Nossa proposta exclui a noção romântica de um retorno equivalente a voltar para trás os ponteiros do relógio.
Pelo contrário, propomos o mais seguro de todo e qualquer retorno: voltar aos aos princípios eternos da nossa civilização cristã que colocam em ordem a sociedade. Voltarmos às nossas raízes, que estão sempre presentes e podem ser admiradas e apreciadas a qualquer momento. Podemos tirar noções desses princípios já testados e consagrados pelo tempo e aplicá-las no presente. Assim, podemos voltar sem medo porque sabemos que tal retorno sempre se dá quando os homens se extraviam. É um retorno já testado, com um histórico comprovado de sucesso.
Ao retornar aos princípios cristãos evitamos o perigo de inventar uma ordem inteiramente nova e impô-la à sociedade. Evitamos os erros dos socialistas e comunistas, que inventaram e continuam a inventar planos rígidos e elaborados, inadaptados à nossa condição humana. Eles não têm outra escolha a não ser impor a sua “ordem” na sociedade pela força. Queremos voltar a princípios já existentes e conformes à nossa natureza humana, que podem ser maravilhosamente adaptados às circunstâncias presentes ou inteiramente novas.
Claro está que tal retorno será muito criticado por pessoas apegadas à nossa frenética modernidade. Elas são incapazes de apreciar o valor de tal retorno. Precisamos admitir que muitos princípios aos quais desejamos voltar se encontram tão apagados da memória coletiva, que só podemos reconhecê-los vislumbrando ações passadas de santos e heróis ou observando a grandeza de monumentos históricos. É por isso que nosso retorno mais se assemelha a uma alegre volta a uma antiga habitação que só conhecemos através de fotos desbotadas e da qual temos vagas saudades. Embora muito antigos, esses princípios perenes são sempre novos. Como a casa antiga, tais princípios se adaptam maravilhosamente ao presente, apresentando soluções inovadoras.
E assim, em nosso livro, não pedimos desculpas por querermos voltar. Pelo contrário, orgulhamo-nos de colocar esta volta já no título, como parte de uma proposta dinâmica neste momento de crise.
A mensagem de nosso título principal é muito simples: Retornemos à ordem. Ainda mais importante, podemos voltar, se quisermos.
(*) Tradução de José Aloisio Aranha Schelini
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