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1 min — há 11 anos — Atualizado em: 2/8/2018, 8:38:29 PM
A China tem dois milhões de pessoas vigiando a internet, contingente maior que o das Forças Armadas do país, informou a “Folha de S.Paulo” (11-10-2013).
O número foi divulgado pelo jornal estatal Beijing News.
Ele oferece uma rara pista para dimensionar o exército secreto usado pelo governo para controlar e censurar a rede dentro do país e no exterior.
Descritos pelo jornal como “analistas de opinião”, os vigilantes da rede são empregados pelo Estado e por empresas comerciais para filtrar o que é publicado em sites, blogs e microblogs, como o popular Sina Weibo, a versão chinesa do Twitter, com milhões de assinantes.
Com a imprensa sob controle total do Estado, a internet transformou-se num dos raros canais para os chineses criticarem o governo.
Além disso, blogs têm sido usados com frequência para revelar ações impróprias ou ilegais de autoridades.
A reportagem do Beijing News também dá uma idéia de como trabalham os “analistas de opinião”.
Sem especificar onde eles atuam, embora na rede já muitos foram apontados, o jornal cita o caso de Tang Xiaotao, contratado há menos de seis meses.
“Ele passa o dia na frente do computador e, por meio de um aplicativo, vigia as palavras escolhidas pelos clientes”, diz o relato.
“Em seguida, monitora opiniões negativas relativas aos clientes e faz relatórios”.
Em um estudo feito no início do ano, dois cientistas da computação norte-americanos, Jed Crandall e Dan Wallach, concluíram que uma mensagem indesejada publicada na internet chinesa pode levar apenas cinco minutos para ser deletada — e no máximo, 24 horas.
Enquanto isso, o Partido Comunista chinês anuncia mais medidas liberalizantes da ditadura.
Para “inglês ver”, é claro.
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