Portal do IPCO
Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação
Logo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
Instituto

Plinio Corrêa de Oliveira

Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Extinção de uma vida [ou Aborto] “Por vontade da gestante”

Por Nilo Fujimoto

3 minhá 12 anos — Atualizado em: 10/9/2018, 9:40:18 PM


O clamor de indignação que produziu a divulgação da CIRCULAR CFM N° 46/2013, de 12 de março de 2013, aos Conselhos Regionais de Medicina emanada pelo Conselho Federal de Medicina que se valendo de seus atributos manifesta intenção de promover aliberação do aborto até a 12ª semana de gestação (!), chegando mesmo a manifestar que “As conclusões serão encaminhadas oportunamente à Comissão do Senado responsável pela elaboração do projeto em tela.” Ou seja, o posicionamento dos Conselhos de Medicina com respeito à ampliação dos excludentes de ilicitudes penais em caso de aborto, tema que está sendo tratado no âmbito da Reforma do Código Penal Brasileiro (PLS 236/2012), atualmente em tramitação no Congresso Nacional.

Os motivos pelos quais devemos nos opor à inominável prática do aborto é, não só o direito natural à vida, mas também o fato de que, como católicos, prestamos culto a Deus obedecendo suas Leis sob as quais está a lei natural que proíbe matar. A promoção da violação desse mandamento é mais insidiosa no item da referida CFM 46/2013:

IV. Se “por vontade da gestante até a 12ª semana da gestação”.

Sem outro motivo, sequer a de preservação da saúde da gestante, é por vontade dela porque ela se levantou naquele dia com vontade de livrar-se de seu filho, assim, o CFM quer que se autorize extirpar uma vida. E quando o médico tiver vontade, será o outro motivo futuramente sugerido?

* * *

Carlos Alberto Di Franco1 escreveu para a seção Opinião do jornal O Estado de São Paulo (01/04/2013), o artigo “Medicina da morte”2.

Ele justifica: ‘Título forte, polêmico? Não, caro leitor. É a expressão concreta do sentimento de milhões de brasileiros diante de recente proposta feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para a liberação do aborto até a 12.ª semana de gestação. O presidente do CFM, Roberto D’Ávila, na defesa de uma decisão que está em rota de colisão com a ética médica, esgrime argumentos que não param em pé.”

O enfoque dado por Di Franco é o de que “Hoje o que está sendo questionado não é tanto a realidade biológica, inegável, a que acabo de me referir, é coisa muito mais séria: o próprio conceito de “humano” ou de “pessoa”. Trata-se, portanto, de uma pergunta de caráter filosófico e jurídico: quando se pode afirmar de um embrião ou de um feto que é propriamente humano e, portanto, detentor de direitos, a começar pelo direito à vida?

“O desencontro das respostas científicas – evidente – acaba deixando a questão sem um inequívoco suporte da ciência. Fala-se de tantos dias, de tantos meses de gravidez… E se chega até a afirmar, como já foi feito entre nós, que só somos seres humanos quando temos autoconsciência. Antes disso, só material descartável ou útil para laboratório. Mas será que um bebê de 2 meses ou de 2 anos tem “autoconsciência”?

“E é isto que querem fazer: embutir o aborto na reforma do Código Penal.”

É sabido que as leis são formuladas nas casas legislativas ao sabor das pressões e não em atenção aos princípios. Donde resultar que ”O juridicismo, hoje prevalente, equivale a prescindir de qualquer enfoque filosófico e naufragar nas águas sempre mutáveis do relativismo. Nada tem um valor consistente, tudo depende do “consenso” dos detentores do poder, movidos a pressões de interesses. Mas se é para falar de consenso democrático, todas as pesquisas, sem exceção, têm sido uma ducha de água fria na estratégia pró-aborto. O brasileiro é contra o aborto. Não se trata apenas de uma opinião, mas de um fato medido em sucessivas pesquisas de opinião. O CFM, representando uma minoria, está promovendo uma ação nitidamente antidemocrática.

E termina afirmando que “Não creio que o CFM represente o pensamento daqueles que, um dia, prometeram solenemente empenhar sua profissão, seu saber e sua ciência na defesa da vida.”

__________________________

Fontes:

1 – Carlos Alberto Di Franco é doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra, diretor do departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS).

2 – http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,medicina-da-morte,1015472,0.htm#content

Detalhes do artigo

Autor

Nilo Fujimoto

Nilo Fujimoto

99 artigos

Categorias

Tags

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Tenha certeza de nunca perder um conteúdo importante!

Artigos relacionados