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Brasil valoriza pouco seu agronegócio

Carlo Lovatelli

Uma vez por ano, geralmente na época da colheita de grãos entre janeiro e março, a mídia “descobre” e se espanta com a excelência do agronegócio brasileiro.

Imagens de produtores rurais pilotando suas colheitadeiras, filas de caminhões carregados de soja nos portos e silos lotados ganham as capas de revistas e as primeiras páginas dos grandes jornais do País.

Depois, as notícias sobre o campo ficam confinadas às páginas dos suplementos até a próxima grande safra, ou quando surge um assunto polêmico, como o Código Florestal.

O Brasil sempre deu as costas ao seu interior. Essa é a verdade. A grande imprensa, por desconhecimento ou preconceito, sempre tratou o setor de forma maniqueísta.

Anos atrás, o agricultor era acusado de dar calote e de ser chorão. Hoje, embora se admita sua competência, transformou-se em inimigo do meio ambiente.

Poucos jornalistas conhecem iniciativas como a Moratória da Soja, que há quatro anos vem unindo indústrias, produtores de soja e ambientalistas no compromisso de não comercializar nenhuma soja oriunda de áreas que forem desflorestadas dentro do Bioma Amazônia.

Os agricultores só desejam regras claras e factíveis e uma legislação segura para que possam exercer sem risco suas atividades.

O produtor vê a terra como patrimônio, mantém uma relação diária com o ambiente e trata e preserva os recursos naturais. No plano econômico, o sucesso do agronegócio orgulha o País.

Depois de colher a maior safra da história, o setor vem recuperando neste primeiro semestre o seu nível de exportações, superando a crise global. Boa parte desse sucesso se deve à pesquisa agrícola.

Universidades como a de Viçosa (MG) e a Luiz de Queiróz (SP) e instituições como a Embrapa e o Instituto Agronômico de Campinas desenvolveram uma tecnologia agrícola tropical, que gerou elevados ganhos de produtividade e possibilitou a conquista dos cerrados.

Na pecuária, a evolução da pesquisa genética permite hoje que uma vaca, por meio de técnicas como transferência de embriões e fertilização in vitro, produza até 50 bezerros por ano.

Tudo isto aconteceu e continua a acontecer por aqui: no Centro-Oeste, Norte do Paraná, pampas gaúchos, interior de São Paulo e nos sertões do Brasil. Mas muita gente ainda se espanta, porque a grande mídia não deu. Até quando?

Fonte: Carlo Lovatelli – Presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag) Agrosoft, 2/8/10

Este post tem 2 comentários

  1. Takashi Aoki

    Eu como descendente de imigrantes japoneses que trabalharam arduamente esta terra e continuamos a mesma atividade aprendemos amar esta terra como se nossa fosse como origem. Por isso o sentimento de injustiça contra a nossa classe que se honra de ser brasileira é desalentador, talvez seja essa a (o desalento) intenção da grande mídia. Por que esta Nação que deve tanto aos ligados ao campo não praticam a justiça?

  2. Walter Hauer

    Takashi, eu sou descendente de alemães que não só trabalharam a terra, como também preservaram as florestas. Más o prêmio, ou reconhecimento, anularam nossos direitos fundamentais, e esta mídia tratou de aviltar a nossa dignidade. Os recursos financeiros para a verdadeira preservação que era para nos dar apoio para a continuidade, foram desviados para esta mídia de aluguel, asilos de emprego públicos vitalícios e para as próprias ONGs conspirarem contra brasileiros, e para monopolizarem mananciais de água, e florestas nativas bem barato depois dos 16.000 atos infra legais impostos propositalmente para este grande negócio. Hoje os únicos que recebem para a tal $u$tentabilidade dos eco latifúndios são as transnacionais. Tudo que foi negado aos brasileiros que preservaram por gerações. confira esta história no blog mataalheiamamatanossa.blogspot.com

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