Prisioneiros chineses são obrigados a jogar videogames até desmaiarem, a fim de angariar dinheiro para o regime, denunciou o diário britânico “The Guardian”.
No Ocidente, o jogador acredita que está jogando com outro cidadão que procura entretenimento. Na realidade, por trás do nome fictício há um escravo submetido às violências dos carcereiros.
Os carcereiros constrangem os presos a jogar videogames como World of Warcraft (WoW) ou EverQuest, subir de nível e ganhar dinheiro.
Pagar para subir de nível, obter novos poderes para um persornagem ou comprar um “avatar”, gerou a prática do ‘gold farming’, segundo informa o diário de Madri “El Mundo”. Trata-se da acumulação de crédito em forma de pontos, personagens novos ou outras vantagens visando vendê-las à vista.
“El Mundo” acrescenta que práticas desse gênero, de exploração de pessoas em condições deploráveis ou em regime de escravidão, estão ficando freqüentes na Ásia.
“The Guardian” narra o caso de Liu Dali, prisioneiro numa mina de carvão chinesa. Seu crime foi denunciar um caso de corrupção no sistema carcerário socialista.
Tinha que trabalhar durante o dia na produção manual, e à noite “tinha que matar demônios, lutar contra anões e lançar feitiços” em videojogos.
Liu Dali diz que os carcereiros faziam mais dinheiro com o ‘gold farming’ dos videojogos que com a produção dos trabalhos forçados.
Os escravos chineses que não cumpriam a quota sofriam surras e torturas físicas por parte dos carcereiros.
“Ficávamos jogando até não conseguirmos enxergar mais”, disse Liu Dali em estarrecedor relato.
Que contas prestarão a Deus aqueles que por um prazer passageiro contribuíram para manter esse cruel sistema de exploração de seres humanos?
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