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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Juan Diego, um autêntico índio, devoto de Nossa Senhora. O Sínodo preferiu a Pachamama

Por Nuno Alvares

4 minhá 5 anos — Atualizado em: 12/12/2019, 4:51:06 AM


Hoje, 12 de dezembro,  é a festa de Nossa Senhora de Guadalupe.

No livro de Edésia Aducci, “Maria e Seus títulos gloriosos”, pode-se ler o diálogo entre Nossa Senhora e o vidente Juan Diego:

“Na primeira aparição, Nossa Senhora, falando no idioma mexicano, dirige-se a Juan Diego: “Meu filho, a quem amo ternamente, como a um filho pequenino e delicado, aonde vais?” Resposta dele: “Vou, nobre Senhora minha, à cidade, ao bairro de Tlaltelolco, ouvir a santa missa que nos celebra o ministro de Deus e súdito seu”.

“Nossa Senhora: “Fica sabendo, filho muito querido, que eu sou a sempre Virgem Maria, Mãe do verdadeiro Deus, e é meu desejo que me erijam um templo neste lugar, de onde, como Mãe piedosa tua e de teus semelhantes, mostrarei minha clemência amorosa e a compaixão que tenho dos naturais e daqueles que me amam e procuram; ouvirei seus rogos e súplicas, para dar-lhes consolo e alívio; e, para que se realize a minha vontade, hás de ir à cidade do México, dirigindo-te ao palácio do bispo que ali reside, ao qual dirás que eu te envio e que é vontade minha que me edifique um templo neste lugar; referirás quanto viste e ouviste; eu te agradecerei o que por mim fizeres a este respeito, te darei prestígio e te exaltarei”.

Resposta dele: “Já vou, nobilíssima Senhora minha, executar as tuas ordens, como humilde servo teu”.

                                                      * * *

Segunda aparição: Juan Diego volta do palácio do bispo, no mesmo dia, à tarde. A Santíssima Virgem o esperava.

“Minha muito querida Rainha e altíssima Senhora, fiz o que me mandaste, e, ainda que não pudesse entrar a falar com o senhor bispo senão depois de muito tempo, comuniquei-lhe a tua mensagem, conforme me ordenaste; ouviu-me afavelmente e com atenção; mas, pelo seu modo e pelas perguntas que me fez, entendi que não me havia dado crédito; portanto, te peço que encarregues disso uma pessoa (…) digna de respeito, e em quem se possa acreditar, porque bem sabes, minha Senhora, (…) que não é para mim este negócio a que me envias; perdoa, minha Rainha, o meu atrevimento, se me afastei do respeito devido à tua grandeza; que eu não tenha merecido tua indignação, nem te haja desagradado minha resposta”.

                        * * *

Atitude de respeito, veneração, ternura. Tão distante do cacique Raoni

Acrescenta o Prof. Plinio: “A respeito deste acontecimento, vários comentários se podem fazer. Desses, creio que o mais interessante é aquele em que tem havido menos insistência: sobre a atitude de Juan Diego diante de Nossa Senhora e a linguagem que ele tem para com Ela.

“Mas a linguagem e a atitude do índio para com Nossa Senhora têm um sabor extraordinário. Ela o trata como um filho de uma nação que está em decadência, de um índio, de um povo que está desaparecendo, mas é uma alma pura, uma alma simples. Ela o trata, então, com um carinho extraordinário, quase como se faz com uma criança. A gente vê, de um lado, a predileção que Nossa Senhora tem não só pelas almas grandes, heróicas, que realizam feitos históricos mas, por outro lado, como Ela ama todas as formas de beleza, todas as formas de virtude, o amor que também tem pelas almas simples, pequenas, que Lhe são inteiramente voltadas e que ignoram a sua própria virtude, como Ela fala a essas almas com uma ternura completamente particular.

“Depois, temos a atitude de Juan Diego para com Nossa Senhora: ele Lhe dirige a palavra como um verdadeiro cortesão, saúda Nossa Senhora, pergunta como Ela vai passando, se está bem… e depois de ter descrito o fracasso da missão que teve, porta-se como um verdadeiro diplomata e Lhe explica a razão humana de seu insucesso. Ao mesmo tempo, manifesta seu desejo de não aparecer, de não brilhar. Os senhores estão vendo todas as qualidades de alma que entram nisso”. Lei a íntegra:  https://www.pliniocorreadeoliveira.info/DIS_SD_661212_Guadalupe_boasmaneiras.htm

                                               * * * 

O Sínodo da Amazônia deveria ter tomado Nossa Senhora de Guadalupe como Modelo, como Patrona. E a história de Juan Diego como instrumento de apostolado junto aos índios.

Pelo contrário, o Sínodo foi inspirar-se no culto idolátrico à Pachamama e exaltar a “sabedoria ancestral” das tribos indígenas.

Muito diferente foi o procedimento de Nossa Senhora com Juan Diego.

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