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Ontem, no dia 18 de novembro, o Dr. Evaristo de Miranda, agrônomo-ecólogo de prestígio, ministrou sua palestra sobre “A Agricultura Brasileira e sua Contribuição para o Meio Ambiente”, no evento de lançamento do livro A Soberania Necessária, do Prof. Roberto de Mattei.

A conferência realizou-se no Hotel Transamérica Executive – Higienópolis (São Paulo – SP), com auditório lotado, refletindo o vivo interesse do público por uma visão objetiva, científica e contra-revolucionária do tema ambiental.

O que essa conferência nos confirma é uma verdade cada vez mais esquecida: o Brasil tem vocação para produzir, para gerar riqueza, para alimentar nações — e fazê-lo respeitando a criação. Nesse sentido profundo, a agricultura não é inimiga do meio ambiente, mas o sustentáculo do que resta de ordem orgânica na sociedade. Ela é, por assim dizer, a permanência do Brasil real, frente às abstrações do ambientalismo ideológico.

Antes da palestra, o presidente do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, Dr. Mário Navarro da Costa, dirigiu algumas palavras ao público, situando o evento no contexto da crescente ofensiva internacional contra a soberania do Brasil.

Dr. Evaristo reforçou este ponto apresentando mapas, séries históricas e imagens de satélite — dados inequívocos mostrando que o Brasil preserva mais de 66% de sua vegetação nativa, ao mesmo tempo em que figura entre os maiores produtores de alimentos do planeta. Sua exposição girava sempre em torno da famosa máxima de William Deming, com a qual encerrou sua palestra: “In God we trust; all others must bring data.” Naquela conferência, ele trouxe dados claros e irrefutáveis.

Não se pode deixar de recordar, aqui, a lúcida advertência de Dom Bertrand de Orleans e Bragança, autor do célebre Psicose Ambientalista e prefaciador da presente obra, que já tinha desmascarado, anos atrás, a manobra global que, sob pretexto ecológico, pretende subjugar nações independentes. Sua presença no evento, autografando exemplares e conversando com os participantes, deu ao lançamento um caráter ainda mais solene.

Ao lado de Dom Bertrand, o Prof. de Mattei — que enviou um podcast especial para a ocasião, felicitando o público brasileiro em pleno contexto da COP-30 — demonstra que a soberania não é uma convenção efêmera, mas uma exigência inscrita na natureza social do homem.

E é neste ponto que a pergunta se impõe: Terá a COP-30 sido um mero evento de prestígio internacional, ou concessão abjeta da soberania frente à onda globalizante? Pois, se a agricultura brasileira passa a ser instrumentalizada por discursos vindos de organismos internacionais, então o que se fragiliza não é a produção — é a soberania.

As estatísticas apresentadas por Dr. Evaristo evidenciam esse paradoxo: o Brasil preserva mais que todos os países ricos que hoje cobram metas e restrições; entretanto, é ele quem deve se justificar diante de burocracias internacionais movidas mais por ideologia do que por ciência.

Sem soberania, o Estado definha, a sociedade se dispersa, e a ordem desce à anarquia. Defendê-la sobre a Amazônia, sobre o solo brasileiro, sobre a propriedade e o trabalho, não é tarefa diplomática: é um dever moral e patriótico, expressão concreta do IV Mandamento — “honrar pai e mãe”, que inclui honrar a Pátria que Deus nos deu, e proteger a terra que a Providência confiou à nossa guarda.
Neste sentido, o contraste entre o ambiente sereno e objetivo da conferência e o tumulto político-midiático da COP-30, marcada por contradições, protestos e agendas difusas, tornou-se quase simbólico.

O Dr. Miranda, ao demonstrar que a agricultura brasileira contribui para o meio ambiente mais do que qualquer narrativa alarmista ousa admitir, fez-nos ver que o verdadeiro “meio ambiente”, em seu sentido amplo, é a ordem social bem estruturada — e não a utopia do solo intocado, promovida por correntes que fantasiam o primitivismo como ideal. Seu levantamento sobre APPs, reservas legais e áreas produtivas mostrou, com precisão cirúrgica, que o “país que mais preserva” é justamente o mais cobrado — um sinal claro de que o debate internacional não é técnico, mas político.

Se a COP-30 pretende impor reformas, metas e cedências aos Estados, o Brasil não pode assistir como simples espectador. A pujança da agricultura brasileira indica o caminho inverso: o Brasil deve impor condições, deve defender a propriedade, o direito ao trabalho, o direito à riqueza, contra qualquer forma de tutela internacional.
Os dados apresentados por Dr. Evaristo — produtividade crescente, recuperação de pastagens, tecnologias de baixa emissão — mostram que quem traz a solução é a agropecuária brasileira, não a governança global.

É fácil enfeitar de flores um discurso ecológico. Difícil — e decisivo — é manter a ordem sob os ventos da Revolução. Em última análise, o que se testava em Belém era isto: se o Brasil trocaria soberania por aplausos, desenvolvimento por “créditos verdes”, liberdade por promessas nebulosas da “governança global”.
Enquanto a COP-30 foi marcada por discursos inflamados e pouca consistência, o simpósio do IPCO ofereceu algo diferenciado: ciência, tradição, prudência e fidelidade aos princípios.

Ao fechar este artigo, fica um apelo: que o Brasil não se deixe conduzir pela “religião ecológica” que transforma preservação em tutela, cooperação em subordinação e diálogo em submissão. Que a conferência do Dr. Evaristo de Miranda — reforçada pela autoridade moral de Dom Bertrand e pela clareza doutrinária do Prof. Roberto de Mattei — seja baluarte de que desenvolvimento com fé é possível, verdadeiro e necessário.

E suplicamos a Nossa Senhora Aparecida que preserve a unidade católica da Pátria, iluminando os brasileiros para resistirem às investidas deste “Titanic ambiental de falácias e imposturas”.
Que não sejamos palco passivo das agendas globais, mas protagonistas conscientes na defesa da Terra de Santa Cruz.

Fotos do Evento

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