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Leonardo Boff quer ver Bispos contrários ao PT na “cadeira de Galileu”


Leonardo Boff discursa em ato-pró-Dilma
(Foto: Leonardo Boff discursa em ato-pró-Dilma, 18/10/2010)

Em entrevista para o Los Angeles Times, Leonardo Boff conta à jornalista Paula Gobbi que em 1984 sentou-se “na mesma cadeira onde sentou Galileo Galilei e Giordano Bruno” e narra de maneira dramática como ocorreu, a seu ver, o “processo judicial junto a ex-Inquisição presidida pelo Cardeal J. Ratzinger”.

“Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o ‘silêncio obsequioso’ pelas autoridades do Vaticano”, disse em artigo de sua autoria para a Adital.

Recentemente, em vídeo gravado por um grupo de conservadores, Leonardo Boff volta a falar em condenação na Instância Eclesiástica, mas agora não de modo crítico.

Para ele o “pequeno grupo de bispos conservadores e reacionários desobedeceram a determinação básica da CNBB, tomada universalmente, em maio, de que a Igreja como sempre não deve se meter em política, mas Ela tem uma função pedagógica de despertar a consciência e discutir os projetos e deixar em liberdade o voto.

“Porque o voto é uma questão de cidadania e liberdade. Esses [os bipos reacionários], não, eles colocaram o documento deles duma forma que quem o lê-se era a CNBB, quando era a CNBB na Seção sul 1 e era uma subseção da Sul 1. Fundamentalmente o bispo de Guarulhos em outros dois. Eu achei uma manipulação. Um crime eleitoral. E que deviam ser denunciados em duas instâncias, na Instância Eclesiástica e na Instância Civil.

Perguntado sobre o conteúdo do texto divulgado pelos bispos da Regional Sul 1, Boff respondeu que seu juízo não era pelo que o documento dizia, mas por “usarem a religião para efeito político partidário. Isso eu acho que é ilegítimo.

Recentemente outro bispo – será? – deve ter entrado na lista de condenações do Boff. Trata-se do Bispo de Caçador, SC, que divulgou uma carta em apoio a Dilma.

No final do vídeo, Boff começa a mudar de tom quando percebe que seus entrevistadores não pertenciam ao seu “mundo plural”, mas pertenciam ao “submundo político” dos conservadores. Encerrou com uma boffetada na câmera que estava gravando.

Assim é o teólogo que na entrevista ao Los Angeles Times criticou o então Cardeal Ratzinger por não possuir “a cordialidade do pensamento que vai ao encontro do outro para também aprender.”

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Edson Carlos de Oliveira

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