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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

Lições da História: subserviência da Europa ao gás russo…


A História fornece os exemplos; a sabedoria não consiste em fechar os olhos.

O artigo do Prof. Plinio trata da construção do gasoduto de Yamal — 4.107 quilômetros (2.552 milhas) que conecta campos de gás natural russos na Península de Yamal e na Sibéria Ocidental com a Polônia e a Alemanha, através da Bielorrússia. O projeto, denunciado em 1982 — em tempos da Cortina de Ferro — demarrou em 1992.

E tornou-se, como previu o Prof. Plinio, a corda com que a Rússia pretende e já começou a enforcar a Europa.

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“Sirvo-me da documentação exuberante coletada pela analista política norte-americana Dra. Juliana G. Pilon, Ph. D., que a benemérita “The Heritage Foudation”, de Washington, publicou há pouco (16-9-82).

“Trata-se de um estudo sobre a construção do gasoduto de Yamal, imensa corda de aço na qual Moscou pretende enforcar tanto a Europa oriental quanto a ocidental. Pois tornará uma e outra dependentes do gás soviético para enfrentar os rigores do inverno.

Vejamos bem, o artigo-advertência foi escrito 10 anos antes do início da obra.

“O projeto Yamal será um dos maiores empreendimentos da Rússia. Custará cerca de 45 bilhões de dólares, e será financiado em sua maior parte com créditos ocidentais a juros baixos. Alguns desses créditos têm juros de apenas 7,5% (cfr. depoimento do especialista Roger W. Robinson, do Chase Manhattan Bank, in “Congressional Record”, vol. 128, no. 65, de 25-5-82).

Mão de obra escrava

Aqui, trata-se mais do que uma analogia ao trabalho escravo. Vejamos.

“Alcançando por vezes o frio na Sibéria 50 graus abaixo de zero, compreende-se que o Kremlin não tenha conseguido preencher com trabalhadores livres grande parte dos empregos que a realização do projeto acarreta. As estatísticas oficiais da Rússia calculam em cerca de dois milhões os empregos não preenchidos na Sibéria. Considerando que há mais ainda a preencher nos outros ramos da construção pesada em território soviético, torna-se necessário o trabalho escravo nas obras que se realizam na Sibéria. Daí ter havido um encontro entre Brejnev e o chefe comunista vietnamita Le Duan. Do que resultou que o Vietnã pagaria suas dívidas para com o bloco soviético, não com dinheiro, mas com trabalho escravo (cfr. “Foreign Report” da revista “The Economist” de 17-9-82).

“A denúncia do “The Economist” foi confirmada por idôneas e importantes organizações anticomunistas do mundo livre. E o trabalho da Dra. Pilon cita ainda, neste sentido, vários outros depoimentos esmagadores. A estes, haveria que acrescentar um importante artigo do senador norte-americano Bil Armstrong, de setembro de 1982, e o relatório da Associação de direitos Humanos de Frankfurt (Alemanha), de junho de 1982.'”

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O projeto foi concluído com financiamento Ocidental, a juros baixos. Está feito o cerco. A invasão da Ucrânia pelas tropas de Putin foi o estopim para que a Rússia apertasse a corda, restringisse o gás. Então, o Acordo para a construção do gasoduto estava submetido aos interesses políticos da Rússia e esta fecha a torneira quando quiser?

A História aí está, aprenderão com ela os povos do Ocidente?

E o Brasil em tudo isso? Somos uma nação de gigantes em matéria de florestas, de águas, de minérios, de território. Somos um povo que não se subjugou a potências estrangeiras como pretenderam Holanda e França nos primeiros anos de nossa História. Não aderimos ao nazifascismo, se bem que Hitler tinha mapeado todo o Brasil e contava com nossa produção e nossos minérios. Não aderimos ao comunismo, pelo contrário, o rechassamos em 1935, 1964 e derrubamos a ditadura petista.

Os fortes, dotados pela Providência, somos nós. Nossas alianças são em função de nossa missão providencial: exemplo para todas as Nações de defesa dos Valores Morais, dos princípios católicos, do respeito à propriedade. O Brasil será grande sempre pela fidelidade aos planos da Providência Divina

Nossa Senhora Aparecida, salve mais uma vez, o Brasil da cobiça de potências totalitárias internacionais, da tirania da ONU, da esquerda que subverte a própria Pátria.

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Nuno Alvares

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