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Líderes leigos advertem sobre o Sínodo da Amazônia: “Papa Francisco prejudicou gravemente a Fé. É hora de dizê-lo claramente”.


Importante pronunciamento de leigos em Roma, quando proeminentes brasileiros ainda consideram que Francisco se sente “desconfortável” com o que ocorre em torno do Sínodo.

Por LifeSiteNews, Roma, 4 de outubro de 2019 | Tradução: FratresInUnum.com

– Líderes leigos de todo o mundo, cada vez mais alarmados quanto ao próximo Sínodo da Amazônia e sobre como ele desfigura e “protestantiza” a Igreja, reuniram-se hoje, próximos ao Vaticano, para discutir suas graves preocupações.

A mesa redonda entitulada “Nossa Igreja – reformada ou deformada?” foi apresentada pela associação internacional pró-vida Voice of the Family. Cerca de 5 mil pessoas de todos os continentes acompanharam pelos meios de comunicação.

Às vésperas do sínodo, eles descreveram a ameçada multifacetada que ele presssagia para a Igreja Católica. A escolha de uma linguagem dura reflete o perigo que eles percebem: de que, após o Sínodo, o que emergirá não será mais a Igreja Católica.

“Nós chegamos. Nesta semana, o Sínodo da Amazônia estará em andamento”, afirmou John-Henry Westen, co-fundador e editor-chefe do LifeSiteNews. “Espera-se que seja a maior severa calamidade que a fé da Igreja jamais conheceu, e vamos rezar para que não seja tão extrema como ameaça”.

“Poucos cardeais advertiram sobre a apostasia e heresia no documento de trabalho preparado para o Sínodo, porém, a maioria permaneceu em silêncio”, prosseguiu Westen. “Nós, fiéis, não podemos permanecer em silêncio, porque é a fé de nossos filhos que está sendo ameaçada. É nosso direito, enquanto Católicos, de ter a fé em Jesus Cristo transmitida fielmente por nossos padres e bispos, e, especialmente, pelo Papa”.

“Há, neste momento, duas religiões dentro da Igreja Católica, declarou o Professor Roberto de Mattei.

“A primeira é o Catolicismo tradicional, a religiosa daqueles que, na atual confusão, permanecem fiéis ao Magistério imutável da Igreja”, disse de Mattei.

“A segunda, até há poucos meses sem nome, agora possui: é a religião Amazônica porque, como declarado pela pessoa que atualmente governa a Igreja, há um projeto de dar à Igreja uma ‘face Amazônica’, explicou de Mattei.

“No Sínodo Pan-Amazônico, veremos a Igreja abandonar o Divino Mandado de converter e batizar todas as nações?”, questionou Michael Matt, editor de The Remnant, que falou sobre o desaparecimento de missionários e ordens religiosas tradicionais.

Ele perguntou: “O Vaticano abençoará e aprovará uma certa teologia indigenista, cujos princípios são essencialmente pagãos? A Igreja ensinará que as culturas pagãs são de Deus, porque sugerir o contrário seria cair em uma espécie de supremacismo religioso que sustenta o cristianismo como única religião verdadeira?”

“Agora, estamos diante de um sínodo dos bispos que promete abraçar uma teologia indígena que essencialmente abandonaria o esforço missionário da Igreja, bem como abraçaria uma eco-teologia que enviaria messionários das mudanças climáticas para ensinar todas as nações a ouvir o choro da Mãe Terra”, declarou Matt.

“Queira Deus que isso não prospere, pois se prosperar certamente representará a rendição formal da Igreja Católica ao mundo e ao espírito, não só dos tempos, mas também da selva”, afirmou.

José Antonio Ureta, destacado membro do movimento internacional Tradição, Família e Propriedade (TFP) na França, advertiu que, se os padres sinodais e o Papa Francisco aprovarem a proposta do Instrumentum laboris (documento de trabalho) de ordenar homens idosos como padres, o “neo-luteranismo terá vencido o Concílio de Trento”.

“Mas, ai de nós! Essa nova estrutura eclesiástica baseada em um sacerdócio não ministério e não hierárquico não será mais a Igreja Católica”, disse Ureta.

“O Papa Francisco e seus aliados do clero estão criando uma organização globalista com uma face que aparenta ser Católica”, disse Michael Voris, da Church Militant. “O que está surgindo não é Católico. A fachada deve ser derrubada e, de uma vez por todas, deve-se permitir que a verdade prevaleça”.

Voris explicou que o Papa Francisco moveu a Igreja a “se alinhar com um falso tipo de teologia inspirado no ateísmo e, na pressa por colocar isso adiante, ele se cercou de numerosos clérigos canalhas — alguns, envolvidos em atos de acobertamento de abusos de menores e jovens, majoritariamente homens”.

“A Igreja Católica foi infiltrada desde dentro e esta infiltração data ao menos do pontificado do Papa Pio IX”, disse o autor católico Dr. Taylor Marshal. “É um ataque à fé sobrenatural, aos milagres, à revelação divina, e à origem de nossa criação: a identidade de Deus do homem e da mulher, a instituição do matrimônio, e o preceito da lei natural de ser fértil e de mulplicar com o casamento. Ademais, é uma ressurreição do paganismo ‘de que sereis como deus’”.

“O Papa Francisco assinou um documento em Abu Dhabi que contém uma afirmação que possui consequências explosivas para a fé Católica”, declarou o italiano Marco Tosatti. “Ei-la: o pluralismo e diversidade de religiões, cores, sexos, raça e línguas são desejadas pela sabedoria de Deus’. As implicações de uma expressão como esta são evidentes: se Deus desejou… que diversas religiões devam coexistir, pode-se inferir que todas as religiões são vontade divina e, portanto, qualquer pessoa é livre para escolher a religião que mais lhe agradar”.

“A frase é profundamente errada de um ponto de vista cristão – e católico”, disse Tosatti.

“Pessoalmente, creio que esta declaração é uma das afirmações mais devastadoras para o Católicos já pronunciadas por um Papa, e trata-se de uma substancial afirmação do relatismo”, acrescentou.

“Dentre as mais claramente ameaçadoras inovações que estão sendo introduzidas pelo próximo Sínodo da Amazônia está a promoção de alguma forma de ordenação ministerial para mulheres”, afirmou a jornalista francesa Jeanne Smits.

Ela advertiu que a teologia indígena que o sínodo promoverá exige a ordenação de mulheres como ministras. “Está dentro da lógica da espiritualidade tradicional indígena, isto é, do paganismo. Ou, se quiser ir um pouco além: idolatria”.

“O Sínodo da Amazonia debatará sobre o papel da mulher na Igreja, quando a Igreja já possui a mais bela resposta a isso: a Virgem Maria”, declarou Smits. “Quando Deus fez o cosmos — que significa beleza — Ele estava casa terrena apropriada e herança para Sua Filha, Mãe e Esposa. Ela é nossa Rainha, a Rainha do universo e mesmo Rainha dos Anjos, para ódio de Satanás, dado que ele deve se submeter e ser vencido por uma simples mulher, por uma mãe que podem nos comunicar a vida eterna pelo sacrifício de Seu Amado Filho”.

“Nossa visão de mulher é definida por isso. O que mais podemos querer?”, questionou Smits.

Acusação, fervorosa intercessão e um ‘tempo para heróis e santos’. 

“Com todo respeito que devemos às autoridades eclesiásticas, eu acuso a todos aqueles que aprovaram, ou aprovarão, o Instrumento laboris sobre a Amazônia, o politeísmo e, mais especificamente, o polidemonismo, pois, citando o Salmo 95, ‘Todos os deus dos gentios são demônios; Nosso Senhor, por sua vez, criou o céu’”, afirmou de Mattei.

“Faço um apelo aos cardeais e bispos que ainda são católicos, que levantem suas vozes contra este escândalo. Se seu silêncio continuar, continuaremos a buscar a intervenção dos Anjos e de Maria Rainha dos Anjos, para salvar a Santa Igreja de toda forma de reivinção, distorção e reinterpretação”, acrescentou de Mattei.

John-Henry Westen observou que, apesar de todas as graves preocupações levantadas pelos debatedores, não significa que “não amamos o Papa Francisco. De fato, absolutamente não seria amor maquiar todos essas grandes preocupações e silenciar a respeito delas, pois elas o prejudicam, mais do que qualquer outro. Ele terá de responder a Cristo no juízo, assim como todos nós”.

“Devemos continuar rezando pelo Papa todos os dias, rezando por sua conversão”, disse Westen.

“Não é necessário um teólogo para reconhecer quando a fé está sendo distorcida”, acrescentou. “Nós não deixaremos a Igreja; é a única e verdadeira Igreja e não há outra. Devemos lutar pela verdade de Cristo na Igreja, pois estamos prontos a morrer por esta fé”.

Durante o momento de perguntas e respostas, quando as perguntas inevitáveis sobre um possível cisma foram levantadas, Professor de Mattei declarou que devemos rezar por uma “verdadeira contra-forma, uma contra-revolução, uma restauração do verdadeiro cristianismo”.

Embora estejamos empreendendo uma guerra contra as forças do caos na Igreja, “a divisão de nosso inimigo é a nossa força”, afirmou de Mattei.

“É um momento alarmante”, disse Michael Matt. “Se esse sínodo ocorrer como previsto por diversos cardeais, é a maior manchete na história do mundo com exceção da crucifixão de Deus. Nada é maior que a Esposa de Cristo levantando a bandeira da rendição”.

“Se isso acontecer, é um fato grandioso e muitas pessoas virão em defesa da Igreja — heróis e santos”, proclamou Matt. “Preparemos e inspiremos nossos filhos para a cruzada”.

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