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Lituânia distribui manual de guerra para uma eventual invasão russa

Por Luis Dufaur

2 minhá 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:51:24 PM


A presidente da Lituânia Dalia Grybauskaite e  o secretário geral da OTAN Jens Stoltenberg  visitam o centro de controle aéreo de Karmelava.
A presidente da Lituânia Dalia Grybauskaite e o secretário geral da OTAN Jens Stoltenberg visitam o centro de controle aéreo de Karmelava.

A Lituânia publicou um Manual de Sobrevivência para os cidadãos em caso de guerra e invasão do território nacional, à vista do crescente intervencionismo russo na Ucrânia e de suas ameaças contra os vizinhos bálticos.

“Conserve o domínio de si, não entre em pânico e não perca o raciocínio lúcido”, explica o manual. “Tiroteios junto à sua janela não são o fim do mundo”.

O Manual, enviado pelo Ministério da Defesa às livrarias e distribuído nas solenidades militares, instrui os lituanos a resistirem à ocupação estrangeira com manifestações e greves, “ou pelo menos fazendo pior seu serviço que de modo costumeiro”.

Forças Especiais da Lituânia. O país é pequenino mas disposto a se defender
Forças Especiais da Lituânia. O país é pequenino mas disposto a se defender

Em caso de invasão, diz o Manual, os lituanos devem se organizar por meio de Twitter e do Facebook, e tentar ciberataques contra o inimigo.

Juntamente com a Letônia e a Estônia, a Lituânia passou boa parte do século XX anexada à União Soviética, até obter a sua independência em 1991. Aderiu posteriormente à OTAN e à União Europeia.

Os lituanos estão cada vez mais preocupados com a Rússia. Uma das razões é o aumento da presença militar no enclave russo de Kaliningrado, que já atingiu 9.000 soldados e mais de 55 navios de guerra.

“Os exemplos da Geórgia e da Ucrânia, que perderam uma parte de seu território, mostra-nos que não podemos descartar uma situação semelhante aqui e que devemos estar preparados”, disse o ministro de Defesa Juozas Olekas à Reuters.

O exército lituano e sua força paramilitar de reserva vêm sendo incrementados desde a crise na Ucrânia.

“Quando a Rússia começou sua agressão contra Ucrânia, na Lituânia nossos cidadãos compreenderam que nosso vizinho não é amigo”, acrescentou Olekas.

O exército lituano é apoiado por unidades de voluntários
O exército lituano é apoiado por unidades de voluntários

O governo também pensa em ordenar que no futuro todos os prédios passem a ter refúgios contra bombardeios em seus porões.

A Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia e os governos ocidentais consideram que há provas esmagadoras de que ela está fornecendo tropas e armamentos aos separatistas pró-russos que tomaram conta de partes do leste ucraniano, fato que Moscou nega de modo insincero.

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Luis Dufaur

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Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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