Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:25:41 PM
A luz da graça que desceu no começo da construção da Cristandade foi se definindo à medida em que ia tomando conta a Civilização Cristã nascente.
E os artistas e o povo iam se enchendo cada vez mais dessa luz.
Por isso se podia dizer de muito católico medieval aquilo que por excelência se diz dos santos: “Ele é luz”.
Poderia se dizer: “A luz se chama fulano”.
A luz penetrava nele e parecia criada só para estar dentro dele.
Exatamente como num belo vitral onde bate um raio de sol: bate tão bem e passa uma luz tão bonita que se diria
que o sol existe para enviar aquele raio para aquele vitral.
E quando a luz do sol atravessa o vitral, projeta no chão não sei que rubi, que esmeralda, que safira ou que topázio.
A impressão é que aquela luz existe para projetar aquela joia no chão. Ainda por cima, a luz vai andando e transformando cada centímetro do granito do chão sucessivamente em joia.
Até que, a tarefa cumprida, a joia vai se desbotando enquanto o sol vai saindo.
A gente já não vê a luz no chão, mas vê ainda o vitral e os últimos lampejos do dia que se manifestam naqueles pedaços que formam o vitral que encantou a gente: verde, vermelho, azul, amarelo, sei lá o quê.
A gente ainda olha.
Quando o sol se põe, a gente tem vontade de dizer:
“Eu também vou dormir, porque eu tive o meu dia cheio. Eu vi a joia passar pelo granito da Catedral!”
Esses encontros de alma definem a vida do católico, e como que falam para nós mais ou menos o seguinte:
“Você foi feito para isto; isto foi feito para você.
“E de tal maneira você ama isto, que se diria que isto existe para você, que isto é você, ou que você é aquilo.
“E quando você lembra daquilo, tem a impressão de ver aquilo que nem está presente, mas que está presente na sua alma.
“Dessa forma você vê, naquele jogo fugidio de cores, o próprio Deus de um modo mais belo que em qualquer realidade policromada e material que existe por aí”.
(Plinio Corrêa de Oliveira, excertos de conferência proferida em 13/10/79. Sem revisão do autor).
Plinio Corrêa de Oliveira
557 artigosHomem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira defendeu o Papado, a Igreja e o Ocidente Cristão contra os totalitarismos nazista e comunista, contra a influência deletéria do "american way of life", contra o processo de "autodemolição" da Igreja e tantas outras tentativas de destruição da Civilização Cristã. Considerado um dos maiores pensadores católicos da atualidade, foi descrito pelo renomado professor italiano Roberto de Mattei como o "Cruzado do Século XX".
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