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Luz no túnel: midia independente é o futuro

Por Marcos Machado

4 minhá 2 anos — Atualizado em: 3/28/2023, 8:12:53 AM


Mais um sintoma, mais um fato, dessa vez nos vem do Canadá. A CBC (canadense) tem sua audiência diminuindo constantemente há anos, com algumas estimativas de 2021 colocando a taxa média de audiência nacional em menos de 3,9%. Notem o pomenor, “apesar do governo federal canadense fornecer cerca de US $ 1,5 bilhão anualmente em financiamento”, comenta LifeSiteNews.

Só a midia canadense, — aquela que durante decênios manteve a hegemonia em conduzir a opinião pública — está em baixa? Todos sabemos que não. Pelo menos no Ocidente, a midia liberal (preferimos não dizer “tradicional”) entrou em declive acentuado.

Midia independente, um contrapeso importante

A Midia já foi o “Quarto Poder”

A leitura do semanário Legionário, então dirigido pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira (1935-1947), me trouxe a chave do enigma. Quero compartilhar com os aderentes do IPCO.

Voltemos à época da Constituinte de 1934:

"Já se tornou banal afirmar que a Imprensa é o Quarto Poder. Na Constituinte (1934), um deputado afirmou que é a Quinta Arma, que acaba de aparecer, novíssima, ao lado da cavalaria, da artilharia, da aviação e da infantaria. Quarto Poder ou Quinta Arma, o fato é que a opinião pública respira a atmosfera política por meio dela, digere as novidades como ela lhas apresenta, julga, condena ou canoniza, de acordo com sua vontade despótica, irrecorrível." (1)

Nós assistimos essa “vontade despótica, irrecorrível” dominar largos setores da opinião pública brasileira durante décadas, não seria exagerado afirmar, dominar por um século.

A TFP diante do Teatro Municipal em São Paulo no encerramento da campanha pela libertação da Lituânia 1990

As memoráveis campanhas da TFP, por exemplo a Filial Mensagem a Paulo VI contra a infiltração comunista na Igreja, em 1968 — 1.600.368 assinaturas incluindo arcebispos, bispos, ministros de Estado, figuras de destaque no meio militar e político — passavam “despercebidas” pela mídia “despótica” e “irrecorrível”.

A Campanha pela Libertação da Lituânia (1990) — mais de 6 milhões de assinaturas em vários países do Ocidente — é reconhecida em Vilnius como o estopim de libertação daquela Nação das garras de Moscou. E, pelo efeito dominó, várias outras seguiram o mesmo caminho, a ponto de Vladimir Putin considerar o esfacelamento da URSS a maior tragédia geo-política do século XX.

Leitor, o que você já ouviu sobre essa epopeia nas páginas ou programas da midia alinhada?

Finis Britanniae … finis midia alinhada. A midia foi castigada, esperamos e desejamos que aproveite a lição.

A reação conservadora, chave do enigma

Entretanto, no século XXI, para simplificar o artigo, algo de novo se passou, — o desgaste da midia alinhada e a ascenção das redes sociais conservadores — e esse fato é bem descrito pela notícia de LifeSiteNews que ora comentamos:

Falando na Conferência Nacional Canada Strong and Free Network (CSFN) na última quinta-feira em Ottawa, Tara Henley disse que “a mídia independente está alcançando com sucesso os canadenses, oferecendo um ponto de vista diferente sobre as histórias.”

“Trabalhar na CBC no clima atual é abraçar a dissonância cognitiva e abandonar a integridade jornalística”, escreveu Henley. CBC se juntará a uma iniciativa global de “Incubadora de Espaços Públicos” para combater a “desinformação” online, apesar de recentemente ter sido criticado por seu ombudsman por violar seu código de ética.

A razão de ser da ex-produtora, Tara Henley, deixar seu emprego na Canadian Broadcasting Corporation (CBC) é clara: por causa de sua “agenda política radical”, [ela] disse que o futuro do jornalismo canadense está nas mãos de meios de comunicação independentes que não têm um viés liberal [de esquerda, acrescentamos].

As esquerdas temem as Redes Sociais Conservadoras

Vejamos o conselho que o Prof. Plinio já dava, nesse artigo publicado em 1934:

"As responsabilidades da imprensa são, portanto, colossais, pois que é ela, em última análise, em uma democracia organizada, que governa a nação."

E aponta a solução da criação de midias independentes:

"Nestas condições, absolutamente não se concebe que um grupo ou uma corrente eleitoral que queira ter verdadeira influência sobre a opinião pública não tenha a seu serviço um jornal de larga circulação." (2)

As Redes Sociais Conservadoras nos trouxeram a realização do plano de influenciar saudavelmente a Opinião Pública, e nos livrar da “agenda política radical” (segundo Tara Henley) e nos libertar da “vontade despótica, irrecorrível” da grande mídia, conforme denúncia do Prof. Plinio.

***

A agenda da esquerda, ora no Poder, é exatamente degolar as Redes Sociais Conservadoras. Como se na democracia o direito de se expressar fosse permitido apenas à midia alinhada e aos políticos de esquerda.

“Desinformação”, palavra-talismã, passou a ser o crime de discordar da “ciência”, das “narrativas”, da nova ditadura mundial.

São Francisco de Salles é patrono da imprensa. Que ele rogue pelas redes sociais conservadoras.

O Cristo Redentor e Nossa Senhora Aparecida salvem o Brasil para que possamos influenciar as Américas rumo à nossa vocação providencial.

Fonte: https://www.lifesitenews.com/news/producer-who-left-canadas-national-broadcaster-says-independent-media-represents-future-of-journalism/?utm_source=top_news&utm_campaign=usa

(1) https://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG340218_Aquintaarma.htm

(2) Idem

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Autor

Marcos Machado

Marcos Machado

492 artigos

Pesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.

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