Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 10 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:54:33 PM
A justiça islâmica no Sudão condenou Meriam Yehya Ibrahim Ishag à morte por enforcamento, acusada de apostasia por se afastar do Islã para se casar com um cristão, informou a BBC.
Meriam diz que sempre foi cristã, mas para a justiça islâmica basta que uma simples testemunha faça a denúncia. O julgamento é sumário e imediata a execução. Máxime no delito de apostasia, quando o acusado só tem direito de defesa após a execução.
Meriam está grávida de oito meses e ganhou uma “tolerância”: “Demos a você três dias para se retratar, mas você insiste em não voltar para o Islã. Sentencio você à morte pela forca”, sentenciou o juiz.
Porém, como ela aguarda uma criança, a sentença só será executada dois anos após o nascimento do bebê.
Além da pena de morte, Meriam receberá 100 chibatadas por ordem do juiz. O sofisma é que o casamento com cristão não é válido para a lei islâmica – a qual admite até o “casamento temporário” por algumas horas para encobrir a prostituição.
As chibatadas cairão sobre Meriam tão logo ela se recupere do parto.
As embaixadas dos Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha e Holanda divulgaram uma declaração conjunta na qual afirmaram que os países estavam muito preocupados com o caso e pediram que o governo do Sudão respeite a liberdade de religião.
O mesmo fizeram grupos de defesa de direitos humanos. A Anistia Internacional condenou a decisão e afirmou que a sentença é “espantosa e repugnante”.
Também informou que a sudanesa foi presa e acusada de adultério em agosto de 2013, e que a Justiça adicionou a acusação de sua apostasia em fevereiro de 2014, quando Meriam disse que era cristã.
“O fato de uma mulher ter sido sentenciada à morte por sua escolha religiosa, e a chibatadas por adultério, pelo fato de ser casada com um homem que supostamente tem outra religião, é espantoso e repugnante”, disse Manar Idriss, especialista em Sudão.
A pressão internacional suscitou a esperança de uma libertação da mãe cristã. Porém, o governo islâmico negou toda perspectiva de moderação das cruéis penas.
Mas se depender do ecumenismo de fonte cristã ou católica ocidental, Meriam está perdida. Não receberá sequer um telefonema por celular dizendo que ela está agindo bem. Mas Jesus Cristo premia seus mártires com uma coroa que os mundanos são incapazes de oferecer.
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