Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 7 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:47:01 PM
O que terá levado o jornal “Le Monde” a estampar na primeira página de sua edição de 28-29 de maio 2017 uma grande foto de Mark Zuckerberg?
Não é fácil entender. O quotidiano francês é socialista e Zuckerberg, o criador do Facebook, é uma das estrelas do capitalismo mundial. O jornal é pelo nivelamento social completo enquanto a fortuna de Zuckerberg o coloca bem acima de todos os níveis. Qual a linha de intersecção na qual essas incongruências se juntam?
Zuckerberg foi paraninfo dos formandos 2017 da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Todo paraninfo faz discurso. A prestidigitação jornalística apresenta o dele como portador de um ideal para a juventude vivendo “num mundo que perdeu seu sentido”. Uma página inteira do jornal resume as suas palavras. Qual jovem Moisés, Zuckerberg é apresentado como capaz de levar a juventude a atravessar as águas estagnadas deste mundo sem ideal até a outra margem onde está o “sentido da vida”. Sua filosofia equivale ao bastão de Moisés, a cujo toque os pântanos deste mundo estagnado se abrirão. Essa filosofia levou-o à fama e ao enriquecimento. Logo, seduzirá os que iniciam uma carreira.
Apoiado em seu sucesso, Zuckerberg passa à segunda parte de sua caminhada rumo à promissão. Ele explicita a sua filosofia, feita de conhecidos xaropes ideológicos alambicados pela mídia. Trata-se de xaropada marxista, à qual se adicionaram novas ervas, bem mais tóxicas, de péssimo paladar. Eis uma pequena dose de seu enjoativo elixir filosófico: “O mundo perdeu o senso de sua existência; é preciso que todos encontrem sua razão de ser; não se trata apenas de criar empregos, mas devemos procurar visões mais amplas; conheço tantos que abandonaram seus sonhos sentindo-se desamparados em caso de fracasso etc.”.
Após esta insípida grandiloquência, o orador reafirma velhas falácias da cartilha socialista, que nada mais são do que o velho marxismo com nova fantasia: “Lutemos contra o aquecimento global, contra os nacionalismos, contra aqueles que se opõem à imigração.” Em certo ponto, ele se volta para David Aznar, ali presente e que é convidado a se levantar para ser aplaudido. Ex-vereador da cidade do México, David Aznar articulou a legalização das uniões homossexuais em sua cidade, aprovadas antes mesmo que em São Francisco.
Nesses erros encontra-se a linha de intersecção entre o capitalismo milionário e o socialismo pobretão. Mas, a que espécie de terra prometida Mark Zuckerberg leva a juventude?
Seja o primeiro a comentar!