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Manifesto IPCO: Mensagem aos eventuais sucessores do governo do PT


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O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, unindo sua voz aos milhões de brasileiros que ora protestam contra a demolição do País, levada a cabo por 13 anos de governo do PT, deseja exprimir seu anseio de que, de uma vez por todas, essa demolição tenha fim.

Um dos caminhos legais para cessar tal demolição é o impeachment, cujo processo iniciou-se em 2 de dezembro último. Caso esse processo chegue vitoriosamente a seu termo, a mudança de situação colocará os sucessores do atual governo diante de uma conjuntura que vai muito além do impasse meramente político.

Trata-se da própria convivência harmônica e proficiente entre o Estado e a Nação, entre o Governo e o País. Convivência essa que não existe quando o Estado é aparelhado por um partido.

Trata-se da identidade do Brasil, com vistas a sua grandiosa missão, que lhe está reservada nos desígnios da Divina Providência.

Diante disso, constatamos que o divórcio entre o Estado e a Nação vem ocorrendo paulatinamente, à medida que o governo, nos últimos anos, contrariamente aos anseios da opinião nacional, veio levando o Brasil rumo a um mal disfarçado socialismo. Tal fratura entre Brasil oficial e Brasil real emite uma eloquente mensagem aos eventuais sucessores do atual governo: o Brasil ordeiro e pacato quer continuar fiel aos princípios que o nortearam desde seu nascimento, às margens do Ipiranga, como nação independente. Dentre esses princípios, hoje postos em xeque, convém ressaltar:

  • O instituto da família como união entre um homem e uma mulher, a celula-mater da sociedade, que tem direito à proteção do Estado e à não-interferência deste naquilo que cabe aos pais decidir;
  • O sagrado direito de propriedade particular, amparado pelo 7º e 10º Mandamentos da Lei de Deus, sem os quais o indivíduo passa a ser mero agente do Estado;
  • O respeito às instituições, ao estado de direito e à soberania nacional, em contraposição à insegurança jurídica causada pelos desmandos de cunho socialista, pelas agitações sociais e invasões de propriedades, incluindo as que se efetuam utilizando como massa de manobra indígenas ou pretensos silvícolas;
  • O incentivo à livre iniciativa;
  • O devido respeito ao papel desempenhado pela Polícia e pelas Forças Armadas, sempre dentro de suas próprias atribuições;
  • O distanciamento em relação a governos de tendência marxista que oprimem suas populações, marcadamente o cubano;
  • O convívio fraterno e harmonioso entre as classes sociais, evitando promover igualitarismos demagógicos e antinaturais que a todos prejudicam, especialmente aos mais pobres;
  • O direito à vida, desde a fecundação até a morte natural;
  • A rejeição à absurda Ideologia de Gênero.

*   *   *

PRC_Manifestacao Paulista 04
Voluntários do IPCO na Manifestação do dia 13 de dezembro de 2015

Caso venha a ocorrer o impeachment, o governo que suceder o PT, ou respeita os pontos acima descritos, decorrentes da ordem natural das coisas, ou aprofundará inexoravelmente o fosso entre governo e população, levando a novas crises, quiçá à ingovernabilidade.

É o que já em 1987 previra Plinio Corrêa de Oliveira, ao descrever, com lucidez a bem dizer profética, as calamidades que decorreriam do processo de esquerdização do País:

“É de encontro a todas essas incertezas e riscos que estará exposto a naufragar o Estado brasileiro, desde que a Nação se constitua mansamente, jeitosamente, irremediavelmente à margem de um edifício legal no qual o povo não reconheça qualquer identidade consigo mesmo.

Que será então do Estado? Como um barco fendido, ele se deixará penetrar pelas águas e se fragmentará em destroços. O que possa acontecer com estes é imprevisível”. (Projeto de Constituição Angustia o País, Editora Vera Cruz, São Paulo, 1987)

Já anteriormente, em 12 de setembro de 1968, em célebre conferência pronunciada em São Paulo, no auditório superlotado da Casa de Portugal, o mesmo intelectual e homem de ação brasileiro afirmava:

“Nosso país é um país cordato, um país que ama a mansidão, um país cuja história tem fugido às lutas. Mas se algum dia alguém de nós se aproximar e disser: És ainda o Brasil cristão? Não aceitas a pressão que se quer fazer contra ti? Eu tenho a certeza que essa nação responderá com uma força que ainda ninguém lhe conhece, mas que está nascendo nas tormentas do momento atual, responderá como Nosso Senhor: Ego sum. E os povos todos da terra e todos os agitadores serão obrigados a se prostrar. E os agitadores cairão por terra porque conhecerão isso que existe entre outras coisas de autenticamente novo no Brasil novo: é a decisão de progredir fiel a si mesmo e fiel à tradição cristã; fiel à família, fiel à propriedade e de lutar com uma força que impressionará o mundo contra quem quer que imagine que sua mansidão é moleza e que contra ele pressões possam trazer resultado”.

*   *   *

Aproveitamos o ensejo para declarar que, como católicos, apostólicos e romanos, os membros e colaboradores do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira têm a consciência tranquila e ufana ao tomar esta posição. Pois que não é ela outra coisa senão o respeito, em termos de vida civil, aos princípios da doutrina social da Igreja, conforme sempre a ensinou o Magistério Pontifício, independente do que agora possam dizer em sentido contrário membros ditos “engajados” ou “atualizados”, do clero ou do laicato, altamente qualificados ou não, de modo individual ou incorporado.

Peçamos à Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, que ampare com Sua maternal proteção nossa Pátria, na difícil encruzilhada em que se encontra.

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O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.

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