Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 9 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 8:49:16 PM
Publicamos recentemente uma notícia sobre como Gatos “odeiam” heavy metal e “adoram” os compositores clássicos. Agora, pesquisadores da Universidade La Sapienza, de Roma, concluíram que a audição da música de Wolfgang Amadeo Mozart melhora sensivelmente a nossa atividade cerebral, informou o jornal Daily Mail de Londres.
Nas pessoas analisadas durante os exames foi constatado um aumento da atividade das ondas cerebrais relacionadas com a memória, a intelecção e a resolução dos problemas.
Os mesmos testes foram feitos tocando ao mesmo grupo uma música de Beethoven, porém sem resultados. As experiências sugerem que na música de Mozart há algo especial que influencia positivamente o cérebro.
“Esses resultados – explica o estudo – podem ser representativos do fato de a música de Mozart ser capaz de ‘ativar’ circuitos corticais neuronais no cérebro relacionados com a atenção e as funções cognitivas.”
E esclarece que os resultados “não são apenas uma consequência de ouvir música em geral”.
O estudo foi publicado na revista especializada Consciousness and Cognition (volume 35, setembro 2015, páginas 150–155), tendo os pesquisadores utilizado equipamentos EEG (eletroencefalografia) para registrar a atividade elétrica do cérebro dos participantes.
Os responsáveis foram Walter Verrusio, Evaristo Ettorre, Edoardo Vicenzini, Nicola Vanacore, Mauro Cacciafesta e Oriano Mecarelli, de diversos departamentos da universidade romana (“The Mozart Effect: A quantitative EEG study”).
O grupo analisado incluía 10 adultos jovens e saudáveis, com uma média de idade de 33 anos, 10 idosos saudáveis em torno dos 85 anos, e 10 idosos com leves problemas na cognição e uma idade média de 77 anos.
As medições eletroencefalográficas foram feitas respectivamente antes e depois de ouvir o movimento L’allegro con spirito da sonata para dois pianos em D Maior K448 (ouça abaixo) de Mozart e Para Elisa de Beethoven.
Os pesquisadores sugerem que o arranjo musical racional e altamente organizado da sonata pode suscitar um “eco na organização do córtex cerebral” (responsável pelas funções mentais de alto nível).
“Uma das características típicas da música de Mozart é a repetição frequente de uma melodia; isso determina uma virtual carência de elementos surpreendentes que podem afastar a atenção do ouvinte de uma audição racional, em que cada elemento harmônico e melódico tende a fechar num ponto que confirma as expectativas dos ouvintes”, dizem os autores.
Um estudo anterior, publicado em 1993, achou que ouvir a K448 também poderia melhorar as habilidades de raciocínio espacial durante um breve tempo após a audição.
Bem, podemos perguntar em que estado fica o cérebro de um fanático de Rock and Roll, nas suas várias modalidades, e o que é que se pode esperar de seu desenvolvimento cerebral. Poderá ser mais uma prova dos danos da cultura de massa.
Alguns comentários esparsos do insigne pensador católico, Plinio Corrêa de Oliveira, sobre a música de Mozart:
1 – Há três aspectos louváveis na música de Mozart: a) uma nota aristocrática; um tanto frívola, é verdade, mas indiscutivelmente aristocrática; b) uma certa lógica, que é inerente ao aristocrático de Mozart; c) é preciso reconhecer um terceiro valor naquela música –– certa castidade: a música de Mozart é casta, ao contrário da música de Beethoven, que já é besuntada de sentimentalismo (Palestra em 27-3-1973).
2 – Há certas músicas de Mozart que convidam tanto a não ser corrupto quanto a um estado de espírito que é oposto à corrupção (Palestra em 16-3-1971).
3 – Um minueto de Mozart reflete toda a felicidade daquela calma, daquela tranquilidade, daquela racionalidade, expressas nessa peça musical. Comparem o minueto com a valsa, em que se dançava aos pares, num verdadeiro turbilhão (Palestra em 7-5-1971).
4 – A meu ver, Viena se exprime ainda muito melhor em Mozart do que em Schubert ou em Strauss. Propriamente a Viena anterior à decadência é a Viena de Mozart. E de fato aquela doçura mozartiana – que nós, por causa dos traços franceses de nossa cultura, somos habituados a ver ligados à douceur de vivre francesa – viu a luz em Viena. Mozart é fruto daquela atmosfera que de Viena se irradiava para toda a Áustria. E creio que é bem em Mozart que essa douceur de vivre se faz sentir (Palestra em 10-7-1970).
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