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Na Colômbia, os eleitores se manifestaram contra as Farc

Por Eugenio Trujillo Villegas

4 minhá 14 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:54:05 PM


Eugenio Trujillo Villegas

Diretor da Sociedad Colombiana Tradición y Acción

A imensa maioria colombiana apóia a continuidade de uma política contra as guerrilhas marxistas

Nas eleições presidenciais da Colômbia, o resultado final não poderia ser mais eloqüente: 69% dos votos para o Dr. Juan Manuel Santos, candidato do partido do Presidente Uribe; e tão somente 27% para o candidato opositor, o Dr. Antanas Mockus. Os 4% restantes são votos nulos e brancos.

Este resultado contundente quer dizer muitas coisas. Em primeiro lugar, que a opinião pública colombiana não só aplaude a política enérgica do presidente Uribe contra as guerrilhas marxistas, mas também deseja que ela continue por mais quatro anos. Os colombianos viram o candidato Santos, hoje presidente eleito, como perfeito executor de uma política de mão dura contra as Farc.

Como Ministro de Defesa durante quase todo o segundo mandato do Presidente Uribe, Juan Manuel Santos foi catapultado à fama por seus brilhantes golpes contra a estrutura terrorista das Farc. Para começar, a espetacular operação para capturar Raúl Reyes, segundo homem da guerrilha.

Depois veio a famosa operação Jaque (Xeque), na qual foram resgatados 18 seqüestrados. E durante todo o seu mandato como ministro, numerosas operações das Forças Armadas colombianas contra os grupos terroristas. Se bem que estas últimas não tenham sido tão espetaculares, no entanto foram decisivas, nesse longo processo de diminuir a capacidade operacional desse grupo guerrilheiro que tanto dano fez e continua fazendo à Colômbia e a toda a América.

No começo da campanha presidencial, as pesquisas divulgadas apresentavam o candidato opositor, Antanas Mockus, como o mais cotado para chegar à presidência. Tão insistente era a divulgação desses resultados, que seu Partido Verde começou a denominar-se Onda Verde, dando a entender que a vitória da oposição seria esmagadora.

Mas já o resultado do primeiro turno desinflou estrondosamente essa grande mentira, criando um manto de dúvida sobre a imparcialidade e seriedade daqueles que fazem e dos que divulgam as famigeradas pesquisas de opinião. A realidade foi completamente diferente do que a mídia apresentava, transformando Mockus e o seu partido numa grande decepção eleitoral.

Na realidade, o que houve na Colômbia com essas eleições foi um plebiscito a respeito da forma de governar o país, tendo em conta o enorme papel que as Farc têm desempenhado nas últimas décadas, juntamente com os demais grupos terroristas.

Antes do Presidente Uribe, a política do Estado eram as concessões e as claudicações diante da ameaça terrorista. Por mais de 20 anos, todos os presidentes, além de quase todas as instâncias judiciais, políticas e religiosas da Colômbia, decidiram que a melhor forma de enfrentar o conflito era negociar com os autores da violência e chegar à pacificação do país por meio de anistias e indultos.

Evidentemente, esta política absurda multiplicou o conflito e levou a Colômbia ao limite do caos, ao ponto de os índices de criminalidade, assassinatos, seqüestros e atentados terroristas tornarem-se um dos mais altos do mundo. No auge desta situação, no ano de 2002, o Presidente Uribe assumiu o poder com uma ampla maioria sobre os outros candidatos presidenciais. A partir daí começa uma reconstrução total do País. Com base na autoridade, firmeza e perseguição implacável contra todos os grupos terroristas, o governo começou a devolver a paz a todos os habitantes da nação.

Os resultados não tardaram a chegar. De um lado, a atitude firme do Estado para enfrentar os criminosos começou a render seus frutos.

Ficou desmentido que fosse impossível derrotar as Farc, como sempre se afirmava. Os grupos terroristas começaram a ser desarticulados, as zonas rurais recuperaram a paz perdida, os colombianos voltaram a ser livres e a prosperidade econômica renasceu por todos os lados. Como conseqüência óbvia de tudo isso, o prestígio e a popularidade do Presidente Uribe chegou a índices de fazer inveja a qualquer outro presidente, mantendo-se sempre acima dos 70%.

E esta é a Colômbia que receberá o mandato de Juan Manuel Santos. Uma nação que não quer voltar de nenhum modo aos tempos das claudicações diante das Farc; que tem demonstrado ao mundo que num Estado firme todos os grupos criminosos, por poderosos que sejam, podem ser derrotados; e que a opinião pública não quer nenhum tipo de influência das guerrilhas marxistas, que tanto dano causaram à Colômbia durante décadas.

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