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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

No Reino Unido, um ultimato inaceitável

Por Ivan Rafael de Oliveira

2 minhá 14 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:32:41 PM


No Reino Unido, a moral católica vem sofrendo duros golpes do Judiciário. Segundo informa Zenit (4/5/2011), no último dia 26 de abril, terça-feira, foi rejeitado, pelo Charity Tribunal, o último apelo apresentado pelas agências católicas de adoção de crianças – dentre as quais a Catholic Care, pertencente à diocese de Leeds- pedindo dispensa das disposições da Equality Act (Sexual Orientation) que exigem a aceitação de “casais homossexuais” como potenciais pais adotivos.

Desde 2007, a Equality Act vem sendo aplicada para criminalizar as “discriminações” contra a adoção de crianças por homossexuais, impedindo dessa forma qualquer agência de seguir a orientação católica. Para Andrea Minichiello Williams, diretor-geral do Christian Legal Center, a decisão da “Equality Act, que se apresenta como uma ferramenta para garantir uma sociedade mais tolerante, é utilizada como uma forma de intolerância patrocinada pelo Estado”.

Havia, no Reino Unido, 11 agências católicas em 2007. Hoje, várias dessas já fecharam suas portas, mas outras, infelizmente, optaram por se desvincular das respectivas dioceses e, portanto, da moral católica, para seguir as diretrizes exigidas pelo governo.

Mark Wiggin, diretor-gerente da Catholic Care, afirma que a mensagem do tribunal é clara: “Encerrar o trabalho ou deixar de ser uma agência católica, um ultimato inaceitável para o organismo.”

O bispo da diocese de Leeds, Dom Arthur Roche, também lembra que “é lamentável que aqueles que sofrem por causa dessa decisão sejam as crianças”, (The Guardian, 26 de abril).

Com lágrimas de crocodilo, o Charity Tribunal reconheceu que o fechamento da Catholic Care será “uma perda para a sociedade”, mas, no entanto, afirma que aceitar a isenção seria “um mal para casais do mesmo sexo e para a sociedade em geral”. Portanto o Tribunal considera oficialmente a doutrina e a moral cristã como uma mal para a sociedade.

Esse fato, ocorrido logo após a Semana Santa, bem faz lembrar as brutais perseguições que os católicos tiveram de enfrentar durante os primeiros séculos da Igreja, em que o governo Romano colocava a Igreja e sua moral como um crime que se comete contra os deuses oficiais do Estado.

A liberdade que se tem procurado tanto no mundo moderno não está se tornando um modo de opressão em que o mal vem sendo defendido e incentivado e o bem reprimido? Ou, em outras palavras, o vício posto como virtude, e a virtude como vício?

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