Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 4 anos — Atualizado em: 5/8/2021, 10:51:19 PM
Quando examinamos atentamente o pequeno miosótis, percebemos a excelência de suas pétalas, que apresentam o encanto das coisas pequeninas. Imita em ponto pequeno a boa faiança ou a porcelana da melhor categoria. Aquela florzinha tão pequena, tão bem desenhadinha, tão excelente, desperta uma forma de ternura e de encanto que é um modo de louvar a Deus.
De que modo pode Deus ser assim louvado? Não seria pelo reconhecimento tantas vezes repetido: ‘Oh Deus, como sois grande!’. Devemos reconhecer a beleza do que é pequeno: ‘Como é belo caber tanto esplendor, com tal intensidade, em algo tão pequeno!’ A ordem do ser é tão rica, tão variada, que comporta inclusive essa flor minúscula.
Na ordem do ser, o excelente harmoniza seu esplendor pousando nessa florzinha. Diante dela uma pessoa pode sentir compaixão e ser movida à proteção, como quem adverte: ‘Não pise, não estrague, não colha o miosótis, pois ele representa algo muito grande na ordem do ser, apesar de pequenino’. Nessa consideração entra a ternura, porque a pessoa quase se sente intermediária entre Deus e o miosótis, sente-se procuradora de Deus junto àquela flor.
Vendo Deus simbolizado num tão frágil miosótis, podemos imaginar as meditações de Nossa Senhora diante do Menino Jesus. Ela tinha em suas mãos um ‘miosótis’ celeste. Não era obrigada a adivinhar que o Menino-Deus tinha sede, por exemplo, mas podemos imaginar os seus encantos diante dos inúmeros desejos do Menino Jesus, que Ela se apressava em discernir para atendê-Lo.
Isso envolvia por inteiro a Mãe Santíssima, de modo tão sublime como nenhuma outra criatura humana seria capaz. Ela fez coisas minúsculas dentro dessa ordem de coisas, mas admiravelmente grandes.
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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 18 de setembro de 1981. Esta transcrição não passou pela revisão do autor. Fonte: Revista Catolicismo, Nº 844, abril/2020.
Plinio Corrêa de Oliveira
557 artigosHomem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira defendeu o Papado, a Igreja e o Ocidente Cristão contra os totalitarismos nazista e comunista, contra a influência deletéria do "american way of life", contra o processo de "autodemolição" da Igreja e tantas outras tentativas de destruição da Civilização Cristã. Considerado um dos maiores pensadores católicos da atualidade, foi descrito pelo renomado professor italiano Roberto de Mattei como o "Cruzado do Século XX".
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