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3 min — há 11 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:24:53 PM
Desde os tempos em que a Rádio Moscou incitava a população russa a resistir à invasão nazista apelando para a Virgem de Fátima, nunca se vira algo igual.
Apelando para essa tática stalinista, o presidente Vladimir Putin, durante seu discurso anual à Nação no fim de 2013, defendeu o “conservadorismo” de suas políticas e erigiu-se em paladino internacional dos “valores tradicionais”, como informou a agência AsiaNews.
O “inimigo” é sempre o mesmo: o ocidente. O palavreado é surpreendente, mas obedece às antigas astúcias da máquina de propaganda soviética.
O Kremlin visa usar o tema dos “valores cristãos tradicionais” para seduzir o número crescente de ocidentais desgostosos com governos laicistas e anticristãos.
De acordo com a agência AsiaNews, Para Putin é útil assumir a defesa da vida e da família, bem como engajar-se contra “a propaganda homossexual” que agride o senso moral de incontáveis pessoas.
“Sabemos que um crescente número de pessoas no mundo apoia nossa posição sobre a necessidade de defender os valores tradicionais, que constituem os fundamentos de toda nação civilizada há milênios”, disse o chefe todo-poderoso da “nova-URSS”.
Ele falou numa solene sessão conjunta da Duma, na presença de convidados, entre eles o patriarca de Moscou, Kiril.
As sondagens do sistema desenvolvido no tempo soviético apontaram os pontos sensíveis da opinião pública ocidental a serem mobilizados contra os EUA e os países que não estão sob a bota de Putin.
E este começou a bater insistentemente neles, a mandar seus enviados ao Ocidente, e a apelar para a igreja cismática de Moscou.
“Hoje muitos países estão revisando suas normas morais e éticas, cancelando suas tradições nacionais e as diferenças entre o povo e a cultura”, prosseguiu Putin com frio método.
As críticas saíram diretas contra os governos dos EUA e da Europa, que tudo fizeram para serem assim atacados.
Tais governos legalizam os “casamentos” homossexuais em decorrência de um apriorismo metafísico igualitário que exige o reconhecimento da teoria “da equivalência entre o bem e o mal”, acrescentou.
Visando enganar os ingênuos, Putin prosseguiu:
“A destruição dos valores racionais desde o alto do governo é fundamentalmente antidemocrática, porque se baseia numa noção abstrata que vai contra a vontade da maioria das pessoas”.
A Rússia, segundo ele, tem nessa matéria um ponto de vista oposto, mas não diz que ela foi e continua sendo a grande divulgadora desse principio metafísico igualitário demolidor.
Na hora da propaganda, para os ex-alunos da KGB tudo vale. E Putin apresentou a “nova-URSS” como tendo “um ponto de vista conservador”.
E de um conservadorismo que visa impedir o movimento “para baixo, rumo ao caos e às trevas”, explicou, citando o filósofo ortodoxo (na realidade, ocultista) Nikolai Berdiaev.
No final, o líder russo concluiu reivindicando cinicamente o papel de líder moral do cristianismo.
O chefe do Kremlin fez questão de sublinhar a diferença que haveria entre a Rússia e o rival americano: Moscou “não aspira ao título de superpotência, entendida como ambição pela hegemonia global e regional”, nem visa “ensinar aos outros como devem viver”.
Enquanto isso, na Ucrânia, suas tropas invadem, atropelam, e tentam esmagar o patriotismo dos católicos e cristãos em geral, estrangulados pela agressão indisfarçável do xará de Lenine.
Nos últimos anos, o ex-coronel da polícia política soviética descobriu astutamente que é “cristão ortodoxo”, e mais recentemente, talvez à vista das seduções obtidas, passou a revestir-se de “valores tradicionais” que ele viola sistematicamente na Ucrânia
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