Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
2 min — há 14 anos — Atualizado em: 1/15/2016, 4:34:47 PM
Edson Carlos de Oliveira
A Folha de São Paulo publicou no dia 28 de outubro, uma matéria importante que mostra como as reações sadias da nação podem colocar contra a parede e fazer recuar as forças revolucionárias em seus anseios anti-cristãos.
A “onda conservadora”, conforme linguagem da feminista Rose Marie Muraro, tirou espaço, durante o debate eleitoral, da defesa intransigente da liberação do aborto. As feministas consideram que não era hora para o assunto e apoiam o “recuo” de Dilma em relação ao tema.
Maria Laura Pinheiro, ex-secretária-adjunta da Secretaria de Políticas para as Mulheres e coordenadora da comissão tripartite que fez o projeto de lei, em 2005, da descriminalização do aborto, afirma que em período eleitoral esse assunto só é levantado por “quem quer queimar o movimento feminista”.
Confirmado, com isso, que o eleitorado brasileiro não apóia essa bandeira feminista e que as iniciativas de projetos de lei para liberar o aborto são feitas sem respaldo popular.
A afirmação de Laura Pinheiro também nos revela que quanto mais silêncio sobre o assunto, tanto melhor para a causa abortista. É por essa razão que o “recuo” de Dilma as favorece, pois visava tentar tirar o tema do debate nacional em período de eleição.
Tática do “recuo” de Dilma explicado pelas feministas
A palavra recuo fica muito bem entre aspas, pois se trata mais de uma tergiversação do tema, uma mudança de foco, do que uma alternância de opinião.
Para Maria Lucia da Silveira, socióloga e militante da Marcha Mundial de Mulheres, se Dilma não abarcou em sua campanha a descriminalização do aborto, pelo menos o tratou como questão de saúde pública. “O correto é dizer sou contrário à criminalização. E é o que ela está falando”, diz.
Para Suely de Oliveira, colaboradora do programa de Dilma, cabe ao Congresso a discussão do tema. Dilma, por outro lado, como potencial gestora, deveria focar no atendimento a quem aborta.
O recuo, nesse caso, é apenas uma mudança retórica, mas assim só o fizeram porque se viram obrigados pela pressão da “onda conservadora”.
O maior perigo para o Brasil: Congelar a onda
Conforme disse Rose Marie à Folha sobre a – controvertida – volta atrás da então candidata petista: “entendo e faria a mesma coisa. Há oito anos [de governo] para isso, ou quatro que seja. Não é o fim do mundo”.
A tentativa das feministas será em vão, sim, até o fim do mundo se não baixarmos a guarda. Como bem alertou Edmund Burke: “Para o triunfo do mal, basta que os bons não façam nada.” A onda, por maior que seja, quando congelada, de nada é capaz.
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