Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 8 anos — Atualizado em: 5/1/2017, 9:25:53 PM
Quatro meses depois da primeira aparição, aconteceu a segunda. Santa Catarina narrou-a assim:
“No dia 27 de novembro de 1830…. vi a Santíssima Virgem, de estatura média, estava de pé, trajando um vestido de seda branco-aurora feito à maneira que se chama à la Vierge, afogado, mangas lisas, com um véu branco que Lhe cobria a cabeça e descia de cada lado até em baixo.
“Sob o véu, vi os cabelos lisos repartidos ao meio e por cima uma renda de mais ou menos três centímetros de altura, sem franzido, isto é, apoiada ligeiramente sobre os cabelos.
“O rosto bastante descoberto, os pés apoiados sobre meia esfera, tendo nas mãos uma esfera de ouro, que representava o Globo. Ela tinha as mãos elevadas à altura do estômago de uma maneira muito natural, e os olhos elevados para o Céu… Aqui seu rosto era magnificamente belo. Eu não saberia descrevê-lo…
“E depois, de repente, percebi nesses dedos anéis revestidos de pedras, umas mais belas que as outras, umas maiores e outras menores, que lançavam raios cada qual mais belo que os outros.
“Partiam das pedras maiores os mais belos raios, sempre alargando para baixo, o que enchia toda a parte de baixo. Eu não via mais os seus pés… Nesse momento em que estava a contemplá-La, a Santíssima Virgem baixou os olhos, fitando-me. Uma Voz se fez ouvir, dizendo-me estas palavras:
“A esfera que vedes representa o mundo inteiro, particularmente a França… e cada pessoa em particular…
“Aqui eu não sei exprimir o que senti e o que vi, a beleza e o fulgor, os raios tão belos…
“’É o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que mas pedem’, fazendo-me compreender quanto é agradável rezar à Santíssima Virgem e quanto Ela é generosa para com as pessoas que a Ela rezam, quantas graças concede às pessoas que Lhas rogam, que alegria Ela sente concedendo-as…
“Nesse momento formou-se um quadro em torno da Santíssima Virgem, um pouco oval, onde havia no alto estas palavras: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós’, escritas em letras de ouro … Então, uma voz se fez ouvir, que me disse:
‘Fazei, fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança…’
“Nesse instante, o quadro me pareceu se voltar, onde vi o reverso da medalha. Preocupada em saber o que era preciso pôr do lado reverso da medalha, após muitas orações, um dia, na meditação, pareceu-me ouvir uma voz que me dizia: ‘O M e os dois Corações dizem o suficiente’”.
Não foi fácil fazer a Medalha. Santa Catarina sofreu muitas resistências e oposições. “Nossa Senhora quer…, Nossa Senhora está descontente…, é preciso cunhar a medalha”, insistia ela.
Por fim, em 1832 foram encomendadas as primeiras 20.000 medalhas. No mesmo ano começaram a fazer milagres durante uma epidemia de cólera havida na França, em 1832.
Promessas e perspectivas
As aparições da Medalha Milagrosa, as de La Salette, Lourdes e Fátima, abriram uma esplêndida perspectiva marial para o futuro, malgrado os horrores em meio aos quais presentemente nos encontramos.
“Para além da tristeza e das punições supremamente prováveis para as quais caminhamos, temos diante de nós os clarões sacrais da aurora do Reino de Maria: ‘Por fim o meu Imaculado Coração triunfará’. É uma perspectiva grandiosa de universal vitória do Coração régio e maternal da Santíssima Virgem. É uma promessa apaziguadora, atraente e sobretudo majestosa e empolgante” (Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, “Catolicismo”, maio de 1967).
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