Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 8 anos
Os cristãos na Síria “estão dispostos a dar suas vidas e a que suas cabeças sejam cortadas para testemunhar Jesus Cristo”, afirmou a religiosa missionária Maria de Guadalupe.
Ela está na cidade de Aleppo há cinco anos e vive o drama da perseguição cristã desencadeada pelo Estado Islâmico, informou ACI Digital.
A irmã, que é do Instituto do Verbo Encarnado (IVE), passou 18 anos na Terra Santa, no Egito, e desde 2011 está na Síria. Ela teve a possibilidade de ir embora deste país quando começou a guerra, mas decidiu ficar.
“Eu acredito realmente que Deus lhes dá, como retribuição pela sua generosidade, fortaleza para ir até as últimas consequências”, sustentou a religiosa.
Trata-se dos “mártires de nossos tempos”, que “estão dispostos a entregar tudo, inclusive o bem mais precioso que é a própria vida”. Eles também “confiam nas orações do resto do mundo cristão que os apoia”.
A missionária explicou que, pela primeira vez em alguns anos, o Estado Islâmico está retrocedendo e algumas cidades estão sendo recuperadas. Isto faz com que os rebeldes “queiram mais vingança e intensifiquem os ataques aos civis”.
Do mesmo modo, denunciou que “o cristianismo ocidental tem pouco acesso às informações do que realmente está acontecendo, porque os meios de comunicação internacionais mais importantes não estão divulgando as notícias e isto não é uma casualidade”.
A religiosa insistiu que “os cristãos perseguidos na Síria e no Iraque confiam nas orações do resto do mundo”. Portanto, concluiu a Irmã Maria de Guadalupe, “eu não considero uma ignorância culpável do mundo cristão ocidental”, mas uma “anestesia provocada”.
A religiosa dá exemplos disso.
“O lógico seria que os países islâmicos, por exemplo, os países do Golfo, que são muitos ricos, abrissem suas fronteiras para receber seus irmãos refugiados muçulmanos”, explicou, segundo o site Actuall.
Observamos que a afinidade religiosa, a proximidade geográfica, a riqueza dos países petrolíferos do Golfo e sua necessidade de mão de obra fazem deles o destino natural dos asilados muçulmanos do Meio Oriente.
Mas há uma “anestesia provocada” dessa opção natural para aliviar os necessitados. Nos jornais ocidentais, nos órgãos internacionais e do Vaticano só se fala e só se exige da imigração islâmica que vá para Europa, cujas raízes são cristãs, que exigem uma viagem em que morrem milhares, onde não há trabalho e cujas línguas são outras.
Que estranho fato está acontecendo nas capitais ocidentais e na Santa Sé para não verem a contradição?
A irmã Maria de Guadalupe pergunta por que aqueles que gastam milhões de euros construindo mesquitas na Europa não acolhem os mais necessitados.
“Por que não fazem isso? Seria conatural e muito mais simples se adaptarem em sua própria religião e em suas próprias terras. Então a Europa poderia receber seus irmãos cristãos. Isso não é discriminação, mas simplesmente perceber que a caridade não significa ‘bonismo tolo’”.
Soror Maria de Guadalupe também denuncia as falsas propagandas de demagogos humanitários e de eclesiásticos sobre a origem dos refugiados que entraram na Europa no último ano.
Com toda sua experiência, ela denúncia que os imigrantes não foram impulsionados pela guerra na Síria. “Há de tudo. Há na Alemanha famílias da nossa paróquia de Alepo, que conseguiram chegar e estão aterrorizadas”.
Entre os fatos que os grandes meios de comunicação e os demagogos políticos e eclesiásticos não contam, está o caso de uma cristã que foi parar na Alemanha fugindo da perseguição religiosa e que está sendo maltratada pelos muçulmanos em território europeu.
“Após tudo o que sofreram para chegar, estão padecendo maus-tratos horrorosos da parte dos refugiados muçulmanos com os quais foram alojados.
“Eles obrigam os cristãos a rezar cinco vezes por dia com eles e as mulheres são obrigadas a se cobrirem como muçulmanas.
“Estão fugindo da perseguição religiosa na Síria, chegam à Europa, terra cristã, e sofrem essa perseguição em pleno coração do continente”, disse a religiosa.
Há algo de profundamente enganoso e podre nos promotores dessas migrações, que ocupam as mais altas posições no Ocidente e fingem revestir-se de abundante palavreado humanista e cristão.
Seja o primeiro a comentar!