Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 7 anos — Atualizado em: 10/9/2018, 9:44:03 PM
Como descrito pelo professor Plinio Corrêa de Oliveira, em seu livro Revolução e Contra – Revolução, o mundo contemporâneo enfrenta uma Crise denominada de Revolução. Tal crise tem como objetivo a destruição da Civilização Cristã, que florescia na Idade Média, e a instauração de um estado de coisas diametralmente oposto.
Sendo a família a base da sociedade, sobretudo da sociedade cristã, para a Revolução alcançar o seu objetivo é necessário antes, destrui-la. Por esse motivo é que presenciamos tantas ofensivas contra a instituição familiar.
Tal ofensiva ocorre ora deturpando o conceito de família, ora promovendo leis, costumes ou doutrinas que visam envenena-la.
Uma das formas de deturpação é considerar a família e o matrimonio como um modo de gozo da vida, mediante o qual os esposos se satisfazem um ao outro, sem se preocupar com seus deveres, para com Deus e para com a própria sociedade. É devido a essa distorção de valores que temos a situação de hoje: casais jovens, com uma longa vida pela frente e sem nenhuma intenção de terem filhos.
Ora, vimos que a finalidade principal do matrimônio e da instituição nascida dele é a procriação e educação da prole, portanto, a situação de hoje não é e nem se enquadra na definição de família. Também o chamado “casamento” homossexual, como é óbvio, não se enquadra nessa definição.
O que falar do aborto? Simplesmente que ataca gravemente a família. É algo também anti-natural, vai contra a própria noção de maternidade e viola seriamente o direito à vida que cada ser humano tem.
Divórcio? Sobre o tema falou sabiamente o Papa Leão XIII: ” E, visto que, para destruir as famílias — concluindo com as gravíssimas palavras de Leão XIII — “e abater o poderio dos reinos, nada tem maior força do que a corrupção dos costumes, facilmente se percebe que os divórcios são os maiores inimigos da prosperidade das famílias e das nações, dado nascerem de costumes depravados dos povos, e fomentarem, como o atesta a experiência, uma sempre maior corrupção da vida privada e pública. Se considerarmos que não haverá freio possível para conter dentro de certos e preestabelecidos limites a liberdade, uma vez concedida, dos divórcios, todos estes males se nos patentearão com muito maior gravidade. É grande a força dos exemplos, mas é maior a das paixões, e devido a tais incitamentos acontecerá certamente que o desenfreado desejo dos divórcios, serpeando cada vez mais, invada o espírito de muitíssimos, à maneira de morbo que grassa pelo contágio ou como torrente que, uma vez quebrados os diques, se despenha” (Encíclica Arcanum, 10 de fevereiro de 1880)”.[1]
Outra forma de ferir a família é por meio da imoralidade nascida da depravação dos costumes. Ora, como ser fiel ao cônjugue quando se apregoam a depravação, a luxúria, o amor livre? Como pensar no bem que se deve fazer à sociedade, por meio de tal instituição, quando só se deseja o prazer?
O igualitarismo, valor máximo de nossos dias, também é ferrenho inimigo desta instituição, pois ele tenta quebrar a natural hierarquia que há na família, almejando transforma-la em uma democracia ou, pior ainda, bani-la por completo. Um exemplo disso, são as formas “inovadoras” que estão aparecendo, que busca inverter o papel do pai, com o da mãe, ignorando dessa forma as apetências que cada um tem.
Diante de tamanha ofensiva, como reagir?
No meio da confusão e do caos contemporâneos, o que deve ser seguido pelas famílias que desejam cumprir com sua missão?
Deve-se seguir o modelo por excelência de família: a Sagrada Família.
Onde o Menino Jesus, sendo Deus e Homem verdadeiro, era submisso à Santíssima Virgem e a São José. Nossa Senhora, sendo a mais perfeita das criaturas, era submissa a seu esposo e São José, esposo castíssimo da Virgem Mãe de Deus e pai adotivo do Verbo humanado, era cabeça e sustento da Sagrada Família.
Cabe lembrar também que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus tem sido, pelos Papas, recomendada àqueles que desejam a salvação de sua família.
Assim, Deus socorrerá com sua Graça, as famílias que necessitam dela, a Santíssima Virgem as assistirá com sua inefável e maternal bondade e a Santa Igreja as ajudará com seus ensinamentos, orações e sacramentos. [2]
[1] Pio XI, Encíclica Casti Connubii, pag. 24
[2] Dom Aldo di Cillo Pagotto, SSS; Dom Robert F. Vasa; Dom Athanasius Schneider; Opção Preferencial pela Família – 100 perguntas e 100 respostas a respeito do Sínodo, 1º Edição – São Paulo , 2015
Seja o primeiro a comentar!