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Plinio Corrêa de Oliveira
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Quem Criou A Serpente Do Comunismo Russo-chinês?

EUA priorizaram China e URSS, negligenciando América Latina. Política questionável que criou monstro chinês comunista e deixou América do Sul em segundo plano.


Quem Criou A Serpente Do Comunismo Russo-chinês?

Índice

  1. Uma traição que vem de Yalta

O moloch chinês, comunista maoísta, imperialista e ditatorial ai está, considerado a 2a. potência mundial.

Não estamos perguntando quem gerou a serpente; queremos saber quem a trouxe ao colo, a acalentou, abriu as portas do Ocidente à ingenuidade de acreditar na deténte EUA-China?

Uma traição que vem de Yalta

O primeiro ministro da Hungria, Viktor Orbán, na conferência da Tusványos Summer University em 22 de julho, “explicou que os Estados Unidos já haviam evitado (sic) ameaças à sua hegemonia global, primeiro com a Rússia soviética e depois com a União Européia. Mas, graças aos esforços diplomáticos com a China na década de 1970, criou um monstro que não pode mais controlar.”

O primeiro ministro húngaro descreve os fatos, porém não acerta na análise deles. A própria Hungria foi escravizada pela URSS em decorrência da cumplicidade do governo americano e de Churchill: enigmas da História …

O comunismo é uma seita imperialista, tem uma filosofia ateia e materialista; como supor uma détente com o comunismo sem uma vigilância?

Primeiramente, foram os EUA e a Inglaterra que deram a Stalin, na bandeja (Tratado de Yalta, fevereiro de 1945 e, Postdam julho-agosto de 1945) várias Nações europeias então ocupadas pela URSS durante a guerra. Também, é fato histórico, foram os EUA os grandes financiadores da URSS durante a Segunda Guerra do qual resultou uma dívida impagável pelo regime comunista russo.

Orbán chama — inexplicavel num líder que tem tomado posições pró família — essa traição do Ocidente, em especial de Roosevelt e Truman, de “política [EUA] que havia evitado ameças à sua hegemonia global.” Não é fato histórico, vejamos.

Em artigo para o Site do IPCO, afirmou Péricles Capanema:

Stalin, como se sabe, não cumpriu a promessa de eleições democráticas na Europa Oriental, feita em Yalta, fraudou-as todas por vários meios, e colocou Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Romênia e Bulgária sob o tacão russo. Além da Alemanha Oriental. Logo veio o período da Guerra Fria.

Em boa medida a ingenuidade de Roosevelt e a impotência de Churchill deixaram o caminho aberto para o triunfo de Stalin. Os acordos ali assinados (e o espírito dominante na reunião, de paz irênica) marcaram tragicamente o mundo até 1991, quando ruiu a União Soviética. Tipos de relações, zonas de influência, formas de colaboração, tudo foi lá tratado ou contaminado.
Artigo: Yalta 2 no horizonte?

Portanto, erra o primeiro-minstro húngaro: não foi diplomacia americana, foi traição, a entrega de tantas Nações europeias sob tação da bota de Stalin

Também quanto à China

Não se sabe por que o primeiro-ministro Orbán tem desenvolvido uma política pró China. E o comunismo chinês não é menos ditatorial que a bota de Stalin a qual escravizou a Hungria entre 1945 e 1991, incluindo a prisão e tortura do heroico Cardeal József Mindszenty.

Diz Viktor Orbán na citada conferência:

“Naquela época, os EUA decidiram libertar a China de seu isolamento, obviamente para tornar mais fácil lidar com os russos … [mas] como resultado dessa libertação, os Estados Unidos – e todos nós – agora enfrentamos uma força maior do que aquele que queríamos derrotar”, disse ele.

Isolamento e pobreza miserável, acrescentamos nós, era a situação da China por ocasião da détente de Nixon, 1972, e suas bombásticas viagens e acordos, principalmente o de Xangai.

Vamos aos fatos: Em 1972 Nixon – que se elegeu em nome do anticomunismo yankee – empreendeu a chamada “detente” que numa abordagem rápida poderia se traduzir por abertura aos países comunistas: sobretudo Rússia e China. Assim, Nixon empreendeu “sensacionais” viagens — trombeteadas e aplaudidas pela mídia — à Rússia e à China.

O acerto de uma análise, uma previsão e a confirmação pelos fatos

Em outubro de 72, assim se exprimia, através da Folha de São Paulo, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira:

Não poderia a China aspirar ao controle da Ásia? Extensão territorial, população superabundante, apetite de conquista não lhe faltam. Mas, ser-lhe-á necessário ainda, para tão grande cometimento, um potencial industrial e bélico considerável. E o regime comunista não lhe deu nem uma nem outra coisa.

A China comunista só poderá desenvolver-se e alçar-se à condição de superpotência imperialista, com o concurso de uma nação capitalista de grande importância.(…)

A História deu razão ao Prof. Plinio, criou-se pela ingenuidade e cegueira do Ocidente, o moloch do comunismo chinês, alçado a 2a. economia mundial.

Não sabemos por que o primeiro ministro Orbán se arvora numa análise histórica das posições norte-americanas face ao regime comunista russo ou chinês em termos de diplomacia. Reconhece, com acerto, que a política dos EUA, face ao regime comunista chinês, criou “uma força maior do que aquele que queríamos derrotar”.

Em Yalta e Xangai alimentaram a serpente URSS-China

Charge de Nixon abraçando Mao, 1972Charge de Nixon abraçando Mao, 1972

As análises feitas, através da Imprensa, pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira nos fornecem uma explicação lógica da atitude de cumplicidade e moleza do Ocidente face ao comunismo. Ilusão norte-americana, otimismos infundados de que enriquecendo URSS e China eles se tornariam democráticos?

Os Tratados de Yalta e Postdam (1945) deram à dituradura comunista de Stalin várias Nações europeias, nações bálticas. Essa escravização durou até 1991. O Tratado com a China de Mao, em Xangai (1972) fez o Ocidente despejar know how, dólares na China comunista. O PCCh que governa ditatorialmente a China jorra no Ocidente os produtos da tecnologia ocidental; espiona universidades em todo o Ocidente, clona tecnologia de ponta … e ainda aceita no Conselho de Segurança da ONU.

Isso foi diplomacia? Quem quiser entender o grande embate entre a Revolução e Contra-Revolução leia o livro do Dr Plinio, publicado em vários idiomas e que ganha notoriedade particular no século XXI.

Acesse: Revolução e Contra-Revolução

Por que não investiu na América Latina?

Estranha e inexplicável é a atitude dos governos americanos voltando as costas à América Latina, seu quintal natural. Ora, a união das três Américas seria tão natural, quer seja pela situação geográfica, quer pela colonização mais ou menos contemporânea, quer pelos princípios da livre iniciativa, da propriedade privada, da família.

Por que não se constituiu o bloco das Américas? Por que industrializar a China e não ter investido o suficiente no Brasil?

Essa estranha aversão de governos norte-americanos com a América do Sul não se explica inteiramente. Mas ela ainda virá, queira Deus, o quanto antes, para que nosso bloco constitua uma sólida união de valores morais, única via de salvação para o Ocidente face a uma Europa decadente e até propulsora da Revolução.

Nossa Senhora, Imperatriz da China, propicie o quanto antes a conversão do povo chinês; Nossa Senhora de Guadalupe, Patrona das três Américas nos obtenha de Seu Divino Filho a conversão do Novo Continente e a realização da providencial missão das três Américas.

Nossa Senhora de Fátima nos dê a tão esperada conversão da Rússia, profetizada em 1917.

Fonte: Life site news

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Autor

Marcos Machado

Marcos Machado

473 artigos

Pesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.

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