Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
6 min — há 9 anos
A torrencial onda de migrantes que avassala a Europa, provenientes da Síria, do Iraque e de outros países muçulmanos, está produzindo um descontentamento formidável nas populações dos países do Velho Continente.
Migrações sempre as houve em todas as épocas, mas para que os migrantes possam ser bem recebidos e instalados nos países que abordam, é preciso que isso se faça dentro de certas regras de proporcionalidade, adequação ao ambiente, bom convívio etc. Caso contrário, elas são vistas antes como invasões do que como migrações.
Acontece que nas atabalhoadas migrações atualmente em curso na Europa — mais de um milhão de pessoas chegaram por mar em 2015 — essas características têm estado ausentes.
Trata-se de modo geral de muçulmanos, que não têm apresentado qualquer desejo ou boa vontade de adaptar-se aos hábitos e costumes europeus, muito menos ao cristianismo. Pelo contrário, frequentemente arrogantes, exigem que se instaurem e preservem as práticas islâmicas nas escolas, nos hospitais e por toda parte, inclusive pedindo a construção imediata de mesquitas para seu culto. E até que se removam dos locais que frequentam a cruz e outros sinais cristãos, para não se sentirem “ofendidos”.
Fecham-se sobre si mesmos, formando uma espécie de guetos, dos quais, quando saem para a vida da cidade — farmácias, supermercados, lojas etc. — apresentam-se de modo ostentatório e causando mal-estar.
Nem mesmo certas autoridades europeias, religiosas e civis, que se esforçam em impor a suas populações a aceitação dessa situação anômala, estão conseguindo êxito. A tentativa de fazer deglutir a migração está provocando, pelo contrário, reações um pouco por toda a Europa.
Donde os grandes movimentos de protesto ocorridos em diversos países, como também o crescimento dos partidos que se opõem a essa migração descontrolada, alguns simplesmente de direita, que pregam a ordem contra o caos, e outros até, infelizmente, de tendência nazifascista.
A reportagem do “Daily Express”
Tal panorama foi objeto de uma extensa reportagem publicada no “Daily Express”, de Londres, em 26 de dezembro último, sob o título: Mapeamento: chocante marcha da extrema-direita em toda a Europa atinge seu auge, pelo receio da migração. A reportagem é pormenorizada, com abundância de dados concretos e ilustrada com mapas e fotos.
“Ativistas anti-imigração têm desfrutado de enormes ganhos nas eleições deste ano, enquanto milhares tomaram as ruas para protestar contra o enorme afluxo de migrantes e refugiados”, diz a reportagem. Os partidos anti-imigração “invadiram o centro da política europeia, com os eleitores rebelando-se contra anos de governos predominantemente socialistas”. Seguem exemplos de sucesso de partidos anti-imigração.
Episódio simbólico
Um episódio digno de nota deu–se em Ajaccio, capital da ilha da Córsega (administração francesa), tendo sido fartamente divulgado pela imprensa francesa.
Na véspera de Natal, alguns jovens encapuzados, tidos como muçulmanos, forjaram um incêndio para atrair os bombeiros a uma emboscada. Quando estes chegaram, atacaram-nos com barras de ferro, paus e pedras, tentando inclusive apoderar-se do carro de combate ao fogo. Resultado: dois bombeiros e um policial saíram muito feridos.
A população da cidade passou da solidariedade aos bombeiros à indignação e aos atos. Invadiu o bairro muçulmano, denominado Jardim do Imperador, num verdadeiro desejo de vingança. Uma sala de orações dos muçulmanos e um restaurante kébab foram vandalizados e saqueados. Aos gritos de “Voltem para casa…”, os manifestantes lembravam que, em janeiro de 2014, nesse mesmo bairro, a bandeira francesa fora queimada numa escola e substituída por uma do Marrocos.
Durante quatro dias os manifestantes cercaram o bairro, sem levar em consideração a interdição decretada pelas autoridades locais. O prefeito de Ajaccio disse existir na ilha, como no continente, o temor de que se trata de “uma tentativa de colonização do Ocidente cristão por um Islã de combate”.
* * *
Numa situação como a atual, não adianta a ONU e algumas autoridades religiosas ficarem batendo na tecla de “direitos humanos”, combate à “islamofobia” e outros jargões do gênero. As populações europeias estão se sentindo por demais assediadas e constrangidas dentro de seu próprio território e em sua vida cotidiana para lhes dar ouvidos.
Além disso, aqueles que pensam com mais descortino, e tendo em vista horizontes mais amplos, já avaliam o risco de que uma migração descontrolada venha a desvirtuar os valores ocidentais e cristãos que formaram aquele continente. Tais valores, embora hoje decadentes, ainda constituem o cerne da civilização europeia, regada pelo precioso Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e herdeira de Carlos Magno, de São Luís IX e de São Fernando de Castela. Uma Europa arabizada e islamizada perderia completamente a identidade consigo mesma. É o que muitos sentem e não aceitam.
Gregorio Vivanco Lopes
173 artigosAdvogado, formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Autor dos livros "Pastoral da Terra e MST incendeiam o Brasil" e, em colaboração, "A Pretexto do Combate Á Globalização Renasce a Luta de Classes".
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