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Plinio Corrêa de Oliveira
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Retidão natural e satanismo nas civilizações gentílicas


Em números anteriores, temos mostrado que não se deve confundir certa retidão natural existente em culturas gentílicas elaboradas antes da evangelização, com o caráter diabólico que infesta as manifestações culturais do neopaganismo hodierno. É que os frutos da natureza decaída podem ter algo de nobre e belo: é o que se nota entre os gentios. Ao passo que a apostasia da verdadeira Fé tem uma malícia muito maior que a dos povos que não conheceram Jesus Cristo. E não é de admirar que, na medida em que uma sociedade que foi católica se vá transformando em Cidade do demônio, na mesma medida o demônio lhe vá influenciando a arte e a cultura.

Não queremos com isto afirmar a inteira ausência do demônio em relação ao mundo gentílico. Antes pelo contrário. Mas sua influência sobre esse mundo se patenteou sempre de algum modo circunscrita e, se se manifestou com freqüência na arte e na cultura, todavia não chegou a dominá-las.

Frisante exemplo disto está no contraste entre as duas fotografias desta página. A primeira nos apresenta duas japonesinhas no encanto e na inocência de sua tenra idade. Seus trajes são recatadíssimos, e constituem vigorosa lição para os nudistas neopagãos das praias do Ocidente. Os coloridos variados têm um que de poético, completado pelos ornatos da cabeça. Tudo muito regional, muito peculiar, muito artístico, muito digno e criterioso.

*…*…*

Pelo contrario, este monstro em cuja máscara se instalaram todos os vícios, a ira, a lubricidade, o descomedimento, a insensatez, parece bem digno de participar num culto diabólico: é um dos figurantes de danças budistas no Tibet.

O demônio penetrou no budismo: isto é certo. Mas quem poderia afirmar que ele dominou toda a cultura pagã do Japão, vendo os trajes destas encantadoras crianças, que é impossível ver sem ter uma imensa vontade de as batizar?

 

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Plinio Corrêa de Oliveira

Plinio Corrêa de Oliveira

551 artigos

Homem de fé, de pensamento, de luta e de ação, Plinio Corrêa de Oliveira (1908-1995) foi o fundador da TFP brasileira. Nele se inspiraram diversas organizações em dezenas de países, nos cinco continentes, principalmente as Associações em Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), que formam hoje a mais vasta rede de associações de inspiração católica dedicadas a combater o processo revolucionário que investe contra a Civilização Cristã. Ao longo de quase todo o século XX, Plinio Corrêa de Oliveira defendeu o Papado, a Igreja e o Ocidente Cristão contra os totalitarismos nazista e comunista, contra a influência deletéria do "american way of life", contra o processo de "autodemolição" da Igreja e tantas outras tentativas de destruição da Civilização Cristã. Considerado um dos maiores pensadores católicos da atualidade, foi descrito pelo renomado professor italiano Roberto de Mattei como o "Cruzado do Século XX".

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