Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 3 anos — Atualizado em: 8/30/2021, 12:43:57 AM
A Polônia, é preciso lembrar, passou a ser local-teste da aproximação progressistas e comunistas — a Ostpolitik Vaticana — iniciada sob Paulo VI. O principal articulador dessa política de abertura ao comunismo, Cardeal Casaroli, era celebrado pela midia, na década de 70.
Em sua viagem à Cuba (1974), Mons. Casaroli declarou que os católicos eram felizes … sobre o regime ditatorial de Castro. O Prof. Plinio redigiu, então, o conhecido Manifesto de Resistência à Ostpolitik, publicado na Folha, onde afirmou: “causa perplexidade que Mons. Casaroli reconheça que os católicos cubanos sofrem restrições em seu culto público, e ao mesmo tempo assevera que eles são “respeitados em suas crenças”. Como se o direito ao culto público não fosse uma das mais sagradas de suas liberdades.”
Frisamos, de passagem, esse ponto: o direito da Religião Católica ao culto público, violado nos lockdowns, pisado pela China comunista em nossos dias.
Mas, passemos ao tema desse artigo.
“O professor Grzegorz Kucharczyk, historiador de Poznań que trabalha no Instituto de História da Academia Polonesa de Ciências, não é apenas um excelente especialista na história do polonês, mas também um especialista na história das ideias, que muitas vezes segue e descreve como – falar na língua do filósofo americano Richard Weaver – as ideias têm consequências.”
Para o Prof. Plinio: tendências, ideias, fatos. Sim, das tendências e ideias se passa aos fatos, está demonstrado em Revolução e Contrarrevolução.
Continua o artigo: “De fato, as revoluções que abalaram o mundo como o conhecemos há séculos não são episódios isolados e não relacionados da história. Pelo contrário, quase todos eles estão em alguma relação uns com os outros e têm sua própria lógica. Um dos teóricos mais famosos desse processo, o estudioso brasileiro, Plinio Correa de Oliveira, afirmou que até agora na história de nossa civilização tivemos que lidar com quatro revoluções fundamentais, cada uma delas diz respeito a um aspecto diferente da vida das sociedades. A primeira foi a Reforma. Foi uma revolução de natureza religiosa, onde triunfou, distorceu a imagem de Deus e do homem, e acima de tudo a relação do Criador e sua criatura mais perfeita visível – o homem. A segunda foi a Revolução Francesa. Foi política, mudava o sistema estatal e questionava a antiga estrutura social hierárquica. A terceira foi a revolução comunista, de natureza econômica: questionou os princípios da ordem econômica e aprofundou as mudanças introduzidas pela revolução anterior. E o quarto, que começou nos anos 50 ou 60″.
O autor passa então à IV Revolução que engloba a revolução cultural, a destruição da família, os anticonceptivos, a revolta estudantil de maio de 68 (Sorbonne, França) resumindo, a destruição dos Valores Morais, a agenda lgbt, a ideologia de gênero, o slogan libertário: “é proibido proibir”.
Continua o artigo: “O professor Kucharczyk não só segue conscientemente o traço supracitado da revolução quádrupla tirada do pensamento de Correa de Oliveira” …
O livro do Prof. Plinio, Revolução e Contrarrevolução ganhou nova força, atualidade, face ao desenrolar das “bobinas da História” (expressão cunhada em reunião da TFP) com o surgimento de novos abismos tipo agenda lgbt e ideologia de gênero. Num plano mais vasto, o Great Reset visa a mudança das grandes estruturas a nível mundial com o fim específico: mudar o homem.
Não podemos perder de vista que o grande visado no Novo Normal é o homem, criado à imagem e semelhança de Deus. Mudar as estruturas é apenas meio para atingir o fim: fazer com que o homem se afaste da “imagem e semelhança” com o Criador.
Escreveu o Prof. Plinio:
Um ponto indispensável nas considerações sobre o processo revolucionário, sobretudo quanto à presente investida mundial do Great Reset, é a nota de esperança posta em Nossa Senhora.
Conclui a notícia: “porque foi Maria quem anunciou sua vitória sobre correntes revolucionárias em Fátima (…) pode e absolutamente deve se tornar uma inspiração para a luta contemporânea dos católicos na Polônia, na Europa, no mundo, mas também dentro da própria Igreja.”
É exatamente essa esperança que move o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira na sua luta contra a Revolução em nossos dias.
Essa é a conclusão do Prof. Plinio, em seu livro Revolução e Contrarrevolução, que recomendamos vivamente a nossos leitores. É o que ensina São Luiz Grignion de Montfort: Maria é a mais poderosa inimiga que Deus armou contra o demônio. A primeira revolta contra Deus foi dada por Lúcifer e exorcizada por São Miguel: “Quis ut Deus”.
A Revolução, de que trata o Prof. Plinio, é filha da Serpente infernal e seus agentes na Terra são inspirados pela primeira grande revolução do príncipe das trevas. Conforme diz o Gênesis: “Ela lhe esmagará a cabeça” (Genêsis 3, 15), recorda São Luiz Grignion, em seu profético Tratado da Verdadeira Devoção a Maria Santíssima.
Fonte: Zasiew przeciw-rewolucji [RECENZJA] | Tygodnik Bydgoski
Marcos Machado
492 artigosPesquisador e compilador de escritos do Prof. Plinio. Percorreu mais de mil cidades brasileiras tomando contato direto com a população, nas Caravanas da TFP. Participou da recuperação da obra intelectual do fundador da TFP. Ex aluno da Escola de Minas de Ouro Preto.
Seja o primeiro a comentar!
Seja o primeiro a comentar!