Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 13 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:31:17 PM
Cresce o número dos que se veem agredidos pela realidade: A Revolução Francesa não produziu a prometida sociedade perfeita baseada nas máximas liberdade, igualdade, fraternidade.
Dois artigos da imprensa diária corroboram para a afirmação. O primeiro deles foi escrito pelo jornalista Luis Felipe Pondé [1], “Marketing francês” (Folha de São Paulo, 12 de setembro de 2011).
Pondé afirma que o lema da Revolução Francesa “Liberdade, igualdade, fraternidade” nada mais é do que um slogan descolado da realidade dos fatos ocorridos e um “case” de marketing político.
Segundo ele o que aconteceu “foi importante para medirmos a febre de um país sob um rei incompetente e não para nos ensinar a vida cotidiana em democracia”, pois, na ordem dos fatos o que aconteceu foi que os revolucionários mataram, roubaram, violentaram e ideologizaram a violência contrariando o primeiro artigo de seu lema: liberdade.
Manipularam uma “coisa” chamada povo que ninguém sabe definir bem o que é exatamente. A palavra povo é “uma das palavras mais usadas na retórica democrática e mais sem sentido preciso”, nos levam a pensar que o “mundo começou em 1789” e que o “povo nunca destruiu tudo o que viu pela frente antes da queda da Bastilha“.
O segundo artigo que me refiro foi publicado por Luis Fernando Veríssimo no jornal O Estado de S. Paulo, no dia 15 de setembro de 2011, sob o título “A velha guerra”[2].
Veríssimo descreve seu descontentamento em ver que a velha guerra* voltou e os “reacionários de hoje são filhos da antiga retórica da restauração**, mesmo que o vocabulário tenha mudado. Para estes o fracasso do comunismo soviético na prática representou o fim do ideal iluminista*** e a recuperação do homem natural”.
Vale lembrar que o tríplice engodo da Revolução Francesa é almejado nos artigos e incisos do Decreto 7037, de 21 de dezembro de 2009 que aprovou o Plano Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3.
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(1) Luis Felipe Pondé, Filósofo e Psicanalista, tem doutorado em Filosofia pela USP/Universidade de Paris e é pós-doutorado em Epistemologia pela Universidade de Tel Aviv. É colunista do jornal Folha de São Paulo desde 2008.
(2) Luis Fernando Veríssimo, é um escritor brasileiro. Mais conhecido por suas crônicas e sátiras de costumes, publicados diariamente em vários jornais brasileiros. É filho do também escritor Erico Verissimo.
* Velha guerra: Veríssimo vê a luta entre os desencantados com a Revolução Francesa e Revolução Russa, em razão dos excessos cometidos por elas, de um lado, e os que se opuseram às revoluções porque elas contrariam o direito natural, de outro, como uma guerra.
** Restauração: é a designação dada ao período da História da França compreendido entre a queda do Primeiro Império Francês, a 6 de Abril de 1814, e a Revolução de 1830 de 29 de Julho de 1830 e consistiu no regresso da França à soberania monárquica.
***Ideal iluminista: Liberdade, igualdade, fraternidade. Segundo os filósofos iluministas o homem deveria contar apenas com a razão e não ser escravo das crenças religiosas e misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem e não Deus deve ser o centro donde a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” oriunda da Revolução Francesa.
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