Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
4 min — há 9 anos — Atualizado em: 2/8/2018, 8:36:48 PM
O comunicado do Estado Islâmico assumindo o assassinato em Paris de mais de cem cidadãos, junto com o ferimento de outros trezentos desarmados, indefesos e incapacitados de se protegerem apresenta fanfarronamente os crimes como um dano feito aos “cruzados”.
“Allah foi até eles lá onde eles menos o aguardavam e lançou o terror em seus corações”, inicia o comunicado citando o Corão (59,2).
E prossegue: “um grupo crentes soldados do Califado visou como alvo a capital das abominações e da perversão, aquela que porta a bandeira da Cruz na Europa, Paris”.
“Um grupo avançou rumo ao inimigo, procurando a morte na trilha de Allah, socorrendo a religião, seu profeta e seus aliados, querendo humilhar seus inimigos. Pela sua mão, Allah semeou o pânico nocoração dos cruzados em sua própria terra”.
“Oito irmãos levando cintos com explosivos e fuzis de assalto atacaram locais minuciosamente escolhidos previamente no coração da capital francesa (…) durante o jogo de dois países cruzados (…) O balanço de seus ataques é de no mínimo 200 cruzados mortos e ainda mais feridos, que o louvor e o mérito pertença à Allah”.
E no último parágrafo: “A França e aqueles que acompanham sua via devem saber que ficam como os principais alvos do Estado Islâmico e que eles continuarão a cheirar o odor da morte porque assumiram a liderança da Cruzada, porque ousaram insultar nosso profeta, porque se ufanam de combater o Islã e atacar os muçulmanos em terra do Califado”.
O comunicado encerra citando ainda o Corão que trata os cristãos de “hipócritas” (versículo 63,8). Cfr Communiqué sur l’attaque bénie de Paris contre la France croisée
Na perspectiva maometana a guerra declarada pelo Crescente contra a Cruz da Cristandade, nunca acabou. E os vis atentados do dia 13 de novembro estão na continuidade das ofensivas cruéis dos séculos passados.
É verdade que em tempos de Cruzadas o estandarte de Maomé atacou capitais cristãs da Europa Central como Viena. É também verdade que chegou a ocupar capitais cristãs da península ibérica até com a colaboração de bispos infiéis, precursores dos atuais falsos ecumenistas.
Mas, nunca o islamismo ousou atacar a capital do reino de São Luis, que o comunicado do Estado Islâmico trata como “aquela que porta a bandeira da Cruz na Europa, Paris”.
Mas também acrescenta que é a “capital das abominações e da perversão”. É claro que por abominações e perversão eles não entendem o que nós entendemos.
Pois, a religião islâmica promete a seus terroristas mártires um Paraíso onde todas as perversões sexuais são oferecidas em orgias sem fim em número e em fantasias sempre mais inimaginavelmente tortas.
É, sim, verdade, que Paris nos tempos da revolução anticristã se tornou um foco dessa revolução para o mundo. E muitos santos a increparam severamente.
Em La Salette, Nossa Senhora chega a ameaça-la com a extinção pelos seus pecados. E São João Bosco viu em sonho uma terra trabalhada por um camponês que dizia a seu filho: “aqui uma vez houve uma cidade chamada Paris”.
Entrementes, Paris exerce ainda um efeito bom sobre a cultura católica que muçulmanos e revolucionários querem destruir simultaneamente.
Lá Nossa Senhora se apareceu e deu a Medalha Milagrosa na capela da Rue du Bac, apresentando-a como escudo contra os males que vinham por cima de Paris, da França e do mundo.
Basta ter percorrido suas ruas históricas com olhar de católico para reconhecer em todo lado as pegadas dos santos e santas que até não muito percorreram os mesmos locais.
De um modo analógico, e com os devidos descontos podem se fazer críticas e elogios a Paris, como os profetas increparam e louvaram a Jerusalém no Antigo Testamento.
Considerando o drama que está vivendo essa cidade de bênçãos e de pecados imensos, recebemos um artigo do professor Plinio Corrêa de Oliveira que não poderia ser mais oportuno.
O título é “A tragédia de Paris” e, não pasme o leitor, foi publicado pelo jornal “O Legionário” em 16 de novembro de 1941.
Nele o conhecido autor católico apresenta uma visualização dos dois aspectos de Paris – o pecaminoso culpado e o católico sobrenatural – que parece escrito para nossos dias com olhar profético.
O artigo considerava a situação deplorável em que tinha caído a capital francesa durante a II Guerra Mundial. Omitimos os parágrafos sobre a casuística da época e reproduzimos a continuação longos excertos da problemática de fundo que a ofensiva islâmica reaviva.
Desejamos que possa ser de utilidade ao leitor.
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