Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
5 min — há 5 anos
Desde muito tempo, um certo progressismo católico – a esquerda católica adepta da Teologia da Libertação –, vem usando para fins revolucionários a imagem de São José, como apenas operário (era carpinteiro), e esquecendo a sua realeza, ele era príncipe e chefe da Casa de David. Com o surgimento da doutrina marxista o conceito de proletariado vem substituindo o conceito de povo – que passa a ser massa, onde seria manipulado a servir de chama para luta de classes em todo mundo.
Para os Papas Bento XV e Pio XI tal doutrina era muito nociva ao povo de Deus e para a harmonia da sociedade. Para proteger as almas deste vírus mortal, principalmente para os que retiram o sustento do pão com o suor do seu rosto, os Papas conclamam a auspiciosa proteção e patronato a São José, “ para os manter imunes ao contágio do socialismo, o inimigo acérrimo dos princípios cristãos” ¹
A Santa Igreja põe-se também sob o manto de seu patrocínio, pois o grande pontífice da Imaculada, o Papa Pio IX, de gloriosa memória, proclamou-o Padroeiro Universal da Igreja Católica.
“Com efeito em 25 de julho de 1920, na ocasião do cinqüentenário da proclamação de São José como Patrono da Igreja Universal, o Papa Bento XV publicou o Motu Proprio Bonum Sane.
“Nesse novo documento, o Papa se refere à carta ao Bispo de Bérgamo. Depois de descrever os avanços da imoralidade e da propaganda socialista, ele propõe São José como Protetor celeste contra o contágio do socialismo:
“Assim, vemos com verdadeira dor que agora os costumes públicos são muito mais depravados e corruptos do que antes, e que, portanto, a chamada ‘questão social’ foi agravada a tal ponto que engendra a ameaça de ruínas irreparáveis. Com efeito, amadureceu nos desejos e nas expectativas dos mais sediciosos a chegada de uma certa república universal, fundada na absoluta igualdade dos homens e na comunhão dos bens, e na qual já não há distinção de nacionalidade; a autoridade do pai sobre os filhos não é reconhecida, nem do poder público sobre os cidadãos, nem de Deus sobre os homens reunidos na sociedade civil. […]
“Preocupados mais do que tudo com o curso desses eventos, não negligenciamos, quando surgiu a oportunidade, lembrar aos filhos da Igreja os seus deveres, como fizemos recentemente com a carta dirigida ao Bispo de Bérgamo e aos Bispos da região Vêneta. E agora pela mesma razão, isto é, para lembrar aos homens … que ganham o pão com o trabalho, para os manter imunes ao contágio do socialismo, o inimigo acérrimo dos princípios cristãos, Nós com grande solicitude lhes propomos de maneira especial São José, para que o sigam como seu guia especial e o honrem como seu Patrono celestial””.²
“Também o Papa Pio XI, na sua encíclica Divini Redemptoris de 1937, colocou a ação da Igreja contra o comunismo, a forma mais radical de socialismo, sob a proteção de S. José:
“E, para apressar a “Paz de Cristo no Reino de Cristo”, por todos tão desejada, pomos a grande ação da Igreja Católica contra o comunismo ateu mundial sob a égide do poderoso Protetor da Igreja, São José. Ele pertence à classe operária e experimentou o peso da pobreza, em si e na Sagrada Família, de que era chefe vigilante e afetuoso; a ele foi confiado o Deus Menino, quando Herodes mandou contra ele os seus sicários. Com uma vida de fidelíssimo cumprimento do dever cotidiano, deixou um exemplo de vida a todos os que têm de ganhar o pão com o trabalho de suas mãos e mereceu ser chamado o Justo, exemplo vivo daquela justiça cristã, que deve reinar na vida social.” ³
Oração a São José (de São Pio X)
Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados; de trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações; de trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus; de trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades; de trabalhar sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus!
Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, ó Patriarca São José! Tal será a minha divisa na vida e na morte. Amém. ⁴
Tomamos para nós a súplica do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira na qual desejava que a festa de São José se tornasse um dia santo de guarda: “Se é de tanta valia o Patrocínio do Grande Patriarca na Igreja e para com os fiéis e todas as classes sociais, é justo e ainda mais louvável que na terra de Santa Cruz, no nosso extremoso Brasil, seja especial e liturgicamente consagrado como dia Santo de guarda o dia 19 de março. Assim teremos a dita tão gloriosa de contemplarmos, em todos os templos das cidades e vias de nossas dioceses e Estados, representantes de todas as classes sociais, desde a criança, a juventude masculina, a feminina, até o mais velho, cumprindo o preceito da santificação do dia consagrado ao Glorioso Patrono. ” ⁵
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