Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo
3 min — há 14 anos — Atualizado em: 1/14/2016, 11:29:18 PM
Luis Dufaur
Em recente editorial, a “Folha de S.Paulo” (24.8.2010), sob o título “Fraudes contra a ciência” apontou “dois casos rumorosos de má conduta que puseram em evidência a necessidade de vigiar de perto a pesquisa científica, em especial quando financiada com verbas públicas”.
“O mais recente envolve Marc Hauser, da Universidade Harvard (EUA), renomado pesquisador das origens da moral no homem e noutros primatas.
“A universidade concluiu, após três anos de investigação, que Hauser é culpado em oito casos de má conduta, dos quais não se conhecem os detalhes. A acusação abrange de deslizes menores a fraudes com dados”, acrescentou a editorial.
A irregularidade, infelizmente, acontece com relativa freqüência nas áreas do evolucionismo.
Sobre o segundo caso, a “Folha” diz: “O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) também se viu
envolvido, no final de 2009, em acusações análogas. Erros localizados em um influente relatório de 2007 terminaram reconhecidos e corrigidos, mas só após intensa pressão.
“Bem mais graves eram as suspeitas levantadas por mensagens eletrônicas trocadas por climatologistas do IPCC, no chamado “climagate”.
“Haveria ali, na correspondência furtada e vazada, indicações de que manipulavam dados e boicotavam estudos dos cientistas céticos quanto ao papel da atividade humana no aquecimento global. Três comitês independentes inocentaram os cientistas das acusações mais pesadas. As últimas conclusões são aguardadas para o final deste mês”.
A “Folha” cita que nos EUA, investigaram-se oficialmente 217 casos em 2009, e acrescenta:
“Seria ingênuo supor que fenômeno similar não esteja em curso no Brasil. Instituições de pesquisa já deram mostras de que relutam em investigar a fundo e de forma transparente os poucos casos que vêm à tona, como plágios detectados na maior delas, a USP.
“Agências estatais de fomento como CNPq, Capes e Fapesp (para citar as mais destacadas) deveriam tomar a frente e criar equipes para investigar, por amostragem, a qualidade dos dados e conclusões dos estudos que financiam”.
Estas oportunas observações, entretanto, omitem o mais grave e mais atual problema envolvido nas deformações do IPCC e de outros “catastrofistas”.
Falhas ou fraudes humanas, culpadas ou não, podem acontecer em qualquer época, como a fraude do homem de Piltdown, perpetrada pelo teólogo evolucionista Pe. Teilhard de Chardin SJ no início do século XX.
Mas, o mais grave na nossa época é a deturpação dos dados da ciência com finalidades ideológicas, visando impor a nível planetário um sistema universalmente fracassado: o socialismo.
Tendo falido a versão soviética, os mais atualizados adeptos do socialismo procuraram na linguagem “verde” umtravestimento para sua ideologia anti-natural.
A manobra não teria futuro se não fosse a repercussão que esses ativistas obtiveram na imprensa.
Gostaríamos de ler nos mesmos jornais e portais uma crítica oportuna e prudente dessa manipulação.
Essa mesma prudência gostaríamos ver na apresentação do noticiário sobre as matérias científicas ‒ aliás, tão importantes ‒ que essa ideologia encapuzada ‒ socialista, comunista, ou anarquista ‒ envenena com sistemática freqüência.
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