Artigos sobre a beleza da cultura católica e da Civilização Cristã.

Superficialidade, mau gosto e libertinagem

O homem de hoje vive depressivo, cansado e sem tempo. Nada lhe sacia. Para ele a felicidade é o prazer constante. Chega a imaginar que se uma pessoa pudesse sentir a cada momento uma sensação sensível, aprazível, este seria feliz.Nesta perspectiva, a menor das dores é considerada, pelo homem de hoje, a desgraça suprema.Dor. Palavra proibida. Excluída do vocabulário do dia-a-dia. Pronunciá-la traz má sorte. Falar em mortes, doenças ou desastres tornou-se politicamente incorreto. Todo mundo precisa sorrir para tudo e para todos.

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Para vencer a anarquia intellectual e social: restaurar a Civilização Cristã

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Há exatamente um século atrás, no dia 25 de agosto, o Papa São Pio X publicava a Carta Apostólica Notre Charge Apostolique, (“Nosso encargo apostólico”). Esse documento vinha completar, no campo político-social, a luta empreendida pelo Pontífice contra os erros…

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Uma sociedade oposta ao PNDH-3 é possível

Perguntar se a ordem temporal tem algum papel para a salvação equivale a perguntar se toda aquela obra que Deus fez em sete dias interessa à salvação!

Plinio Corrêa de Oliveira

Há na Europa museus de arte popular tradicional. Apresentam objetos de artesanato interessantes, pitorescos, magníficos, que o povo inventa e que depois se imobilizam como uma tradição porque o povo encontrou a própria expressão de sua alma naquilo que produziu e passa séculos utilizando tais objetos.

Exprime esta tendência o que em alemão se diria drang nach oben – pressão, esforço para cima. Esta seria uma tendência da sociedade inteira.

E enquanto no castelo se estariam fazendo móveis cada vez melhores e vivendo uma vida cada vez mais bonita, a casa do trabalhador manual seria cada vez mais curiosa, mais interessante, mais artística.

O drang nach oben é o contrário do miserabilismo e representa precisamente esta tendência de subir, subir, subir. Se as almas sobem, secundariamente também os estômagos ficam mais normais, mais saudáveis, e as pessoas comem mais, bebem mais, falam mais, nasce a canção popular, nasce a dança popular tão pura, tão casta, nasce toda uma vida que é toda ela concebida e nascida do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e dos ensinamentos da Igreja.

Trata-se do contrário da sociedade miserabilista. Também não é a sociedade de consumo1. Essa sociedade não-de-consumo é um fenômeno de alma e se poderia chamar sociedade de ideal, sociedade de fé, ou – melhor ainda – Cristandade. (mais…)

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A bênção dos trigais, de Jules Breton: Dignidade, bem-estar e fé do povo católico

A benção dos trigais no Artois, por Jules Breton.

Plinio Corrêa de Oliveira

Segue a procissão, através dos campos fecundados pelo trabalho rude e honesto do lavrador. O Santíssimo Sacramento sae do sacrário, transpõe os humbrais do templo e Nosso Senhor percorre os trigais, cobrindo de bênçãos a terra, seus frutos, o trabalho humano, e sobretudo o trabalhador.

A cena é rica em harmonias profundas. Graça e natureza. Igreja e sociedade temporal, autoridades e povo, civis, militares e eclesiásticos, ricos e pobres, tudo aí se encontra e se une, numa dignidade, numa simplicidade, num senso de hierarquia dos valores, que é a melhor e mais genuína beleza deste quadro tecnicamente excelente: a benção dos trigais no Artois, por Jules Breton.

Tanta variedade, dignidade e bem-estar da pessoa humana, mesmo quando modesta, tanta fé profunda, sem o fanatismo dos movimentos de massa suscitados pela técnica de propaganda moderna, fazem pensar na definição de povo, dada pelo Santo Padre Pio XII, na sua monumental alocução do Natal de 1944: (mais…)

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