A enigmática simpatia pela ‘nova-Rússia’ e o silêncio sobre as vítimas do comunismo
O que houve para um Papa tão sensível aos menores abusos do capitalismo, não ter uma palavra de comiseração para com as dezenas de milhões de vítimas do comunismo?
O que houve para um Papa tão sensível aos menores abusos do capitalismo, não ter uma palavra de comiseração para com as dezenas de milhões de vítimas do comunismo?
Há 73 anos atrás, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira previu o que assistimos em nossos dias: a realização, com a “União Europeia”, de um projeto antinatural para debilitar o poder das nações, quase conseguindo extingui-las com a formação de um grande bloco de países, com a finalidade de se estabelecer no futuro uma “ordem nova”, no sentido de se constituir uma só nação universal — uma “República Universal” dirigida por um só “governo mundial”.
O grave perigo de uma unificação forçada e artificial de povos tão desiguais, com costumes tão diversificados, foi motivo para que Plinio Corrêa de Oliveira, já durante a II Guerra Mundial, alertasse a opinião pública para catastróficas consequências do projeto de querer reorganizar as nações em blocos super-poderosos, dirigidos por super-governos, como se começava a cogitar numa “nova ordem mundial” para o pós-guerra.
A História tem seus tribunais. No futuro, neles muitos poderão ser condenados por conscientemente estimularem o avanço das estatais chinesas sobre o Brasil. Dolo. Outros, por descuido, indiferença, desatenção, omissões covardes, procedimentos sem cautela, apatia em buscar conhecimentos necessários também sofrerão o juízo severo da História. Culpa.
O Reino Unido está potencialmente fora da União Europeia (UE), 51,9 a 48,1% a favor da saída. No fundo, ninguém acreditava que depois de uma permanência de 43 anos, ele lhe viraria as costas. O mundo amanheceu em estado de choque. Ou foram apenas a Inglaterra e o País de Gales? De fato o Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte, que é um Estado soberano, é composto de quatro nações constituintes, também chamadas países, ou home nations.
Choque, surpresa, desolação, foram algumas das palavras utilizadas para definir o espanto que causou em certos meios o resultado do plebiscito sobre a permanência ou não do Reino Unido na União Europeia, e que acabou por dar a vitória ao Brexit (Britain exit), com 52% dos votos. Como frisou Xavier Vidal-Folch, no jornal El Pais, da Espanha (24.06.2016), a capacidade de sedução deixou de ser sinal de identidade da invenção europeia e, pela primeira vez, a União Europeia não acrescenta um membro ao seu clube, mas, pelo contrário, perde um (cfr. "Con flema británica").