Portal do IPCO
Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação
Logo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
Instituto

Plinio Corrêa de Oliveira

Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Tocou no fio de alta tensão, eletrocutou-se…

Por Alejandro Ezcurra

2 minhá 14 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:32:55 PM


Ollanta Humala / Keiko Fujimori

Com o resultado final da recente eleição presidencial no Peru, realizada no passado 10 de abril, disputarão o segundo turno no próximo 5 de junho o candidato esquerdista Ollanta Humala (31,7% dos votos), manipulador de sentimentos e ressentimentos primários das populações do interior, e a filha do ex-presidente Alberto Fujimori, Keiko (24%), cujo movimento “Força 2011” pode ser definido como populista e vagamente de direita.

No caminho ficaram os improvisados movimentos liberal-centristas, que concorreram com programas quase idênticos e, devido aos ataques recíprocos entre seus candidatos, acabaram muito desgastados junto ao público. Esse desgaste, somado ao virtual desaparecimento dos partidos políticos tradicionais, é um reflexo da crise que o sistema dito representativo, artificialmente imposto pela Revolução Francesa, atravessa no mundo inteiro.

Ainda é cedo para um comentário mais detido e preciso sobre a eleição peruana do ponto de de vista do luminoso ensaio de Plinio Corrêa de Oliveira, “Revolução e Contra-Revolução“. Entretanto, desde já podemos adiantar uma observação muito substanciosa de fonte insuspeita, a ultra-liberal agência de notícias BBC.

Um dos candidatos derrotados é o ex-presidente do Peru de 2001 a 2006, Alejandro Toledo, que até poucas semanas antes da eleição liderava comodamente as pesquisas, mas acabou despencando para um humilhante quarto lugar, bem longe dos três primeiros.

Ao se referir à queda vertiginosa nas intenções de voto sofrida por Toledo nos últimos dias antes do pleito eleitoral, a BBC assinala: “o ex mandatário equivocou o caminho, coincidem analistas, ao se dedicar aos ataques ao presidente Alan García, e ao introduzir propostas, por exemplo, sobre o matrimônio homossexual ou falar do aborto” (Cfr:http://www.bbc.co.uk/mundo/noticias/2011/04/110410_peru_elecciones_previa_domingo_rg.shtml).

O ímpio mas inteligentíssimo Voltaire dizia que “a opinião pública é a rainha do mundo“. Toledo tocou num ponto nevrálgico da opinião pública, um “fio de alta tensão” de natureza moral relacionado com a família, e literalmente foi eletrocutado. Mansamente, sem ruído, depois de suas declarações, o majoritário público católico peruano foi lhe dando as costas sem remédio.

Sirva isso de alento para todos aqueles, no Peru como no Brasil e em tantos outros países, meritoriamente se empenham na batalha pela defesa da família. Eles contam com a arma decisiva, a opinião pública. A questão é saber utilizá-la.

Detalhes do artigo

Autor

Alejandro Ezcurra

Alejandro Ezcurra

20 artigos

Categorias

Tags

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Comentários

Seja o primeiro a comentar!

Tenha certeza de nunca perder um conteúdo importante!

Artigos relacionados