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Violências contra os proprietários e reações contra o governo abalam a China


Luis Dufaur

Repressão em Longnan, província de Gansu

As autoridades municipais na China estão multiplicando os meios brutais para expropriar cidadãos comuns, noticiou a revista alemã “Der Spiegel”.

Os procedimentos dos funcionários socialistas levaram cidadãos desesperados a se suicidarem. Porém, muitos outros juraram defender suas propriedades com a própria vida.

Perseguições e encontros de arrebentar os nervos são métodos comuns. Os planejadores urbanos comunistas procuram confiscar propriedades também em benefícios próprio.

“Eu tive que ficar olhando enquanto tratores demoliam minha propriedade”, disse o empresário Gu Kui. Centenas de policiais fortemente armados e capangas à paisana apareceram no local, trazendo três ambulâncias como medida de precaução, lembra-se Gu.

Na cidade de Zhengzhou, leste da China, uma mulher de 45 anos de idade foi morta quando uma escavadeira a arrastou

Revolta em Zhongshan, Guangdong: açougueiro contra a polícia

para fora do andar superior do seu restaurante, onde ela havia se entrincheirado para proteger a sua propriedade.

Yang Youde, 56, plantava melões e algodão, e criava peixes, nos arredores de Wuhan. Atualmente o mato toma conta dos seus campos de cultivo, e quase todos os peixes do seu grande lago morreram de fome.

Yang passa a maior parte do tempo defendendo a sua propriedade do confisco. Ele conta que um homem desesperado e a sua mulher atearam fogo a si próprios, e outros se lançaram nos seus lagos e morreram afogados.

Em agosto de 2009 ele apresentou ante a Justiça uma petição contra o confisco da sua fazenda. Foi sua perdição: a polícia arrastou-o para uma das sinistras “prisões negras” da China, onde ele ficou detido por 51 dias.

“Eles me penduraram pelas mãos e me queimaram com cigarros”, contou Yang.

Agora ele defende sua propriedade com a única coisa que lhe restou: a própria vida, escreve “Der Spiegel”.

A revolta grassa contra o capitalismo estatal chinês ‒ ou comunismo ‒ e o governo central procura moderar as violências temendo que as dezenas de milhares de revoltas populares pontuais se transformem num movimento mais amplo de contestação do regime socialista.

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Luis Dufaur

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Escritor, jornalista, conferencista de política internacional no Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, webmaster de diversos blogs.

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