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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

Você está com a razão. Mexa-se!

Por Leo Daniele

4 minhá 12 anos — Atualizado em: 9/1/2017, 9:28:05 PM


A cada família toca o direito e o dever de fazer por si tudo quanto pode, e o Estado a deve auxiliar no que ela não pode alcançar por si (Plinio Corrêa de Oliveira)
“A cada família toca o direito e o dever de fazer por si tudo quanto pode, e o Estado a deve auxiliar no que ela não pode alcançar por si”  (Plinio Corrêa de Oliveira)

O Brasil ficou em penúltimo lugar em matéria de ensino [1]. Não é hora de inovar algo, com os pés no chão?

Segundo o Abade do Mosteiro de São Bento em São Paulo, Dom Mathias Tolentino Braga OSB, o poder público faz um trabalho silencioso para que as escolas “libertem as pessoas dos princípios ainda sustentados em muitas famílias” [2]. Dos bons princípios. Aparece até a sombra sinistra do kit homossexual, para a perversão das crianças, e muitos outros perigos, entre os quais as drogas.

O Prof. Roberto Leal Lobo e Silva Fº, ex-reitor da USP, muito bem colocado para emitir uma opinião tão contundente, afirma: “Além da recorrente violência escolar ‒ a imprensa noticia com frequência casos de alunos armados ou com drogas, além de agressões a professores ‒ pais e filhos parecem achar que a escola não pode contrariar os alunos ou exigir desempenho” [3]. É uma espécie de luta de classes aluno x professor, simétrica ao conflito operário x patrão.

O ensino no Brasil está terrivelmente deficiente. Mas nos Estados Unidos, dois milhões de crianças não frequentam a escola; em vez disso, aprendem em casa e são educadas pelos pais. Dois milhões de crianças! E com variações o mesmo acontece em vários países.

Por exemplo, para muitos americanos, o mero conceito de escolaridade obrigatória é visto como uma ameaça às liberdades individuais garantidas pela Constituição.

Existe em várias terras, onde é chamado ensino domésticoensino domiciliar, ou em inglês homeschooling, e é corrente na Europa, no nosso Portugal, nos Estados Unidos, no Canadá, Inglaterra, Argentina, México e em numerosos outros países. A educação em família poderia ser uma alternativa para o defectivo ensino predominante aqui. No Brasil, até agora não é prevista em lei. Mas se pode pensar, não é?

Para nós brasileiros, ensino fora da escola é uma ideia surpreendente. Quem não vai à escola, está “cabulando” a aula!

Nos dias passados, matricular o filho na escola era motivo de segurança para os pais, mas hoje pelo contrário causa preocupação.

Os tempos mudaram. Em muitos países, o ensino doméstico é uma tendência em forte crescimento. A taxa americana de crescimento anual do ensino doméstico está entre  7 e 15%. No início, só havia licença para o realizar em um Estado americano. O êxito foi tão grande que se expandiu a outras unidades da federação, e hoje, com a pressão da opinião pública, se estende a todo o território.

Dois milhões de meninos não frequentam a escola; em vez disso, aprendem em casa e são educado pelos pais. As estatísticas comprovam que 80% das crianças educadas em casa estão acima da média obtida pelas que frequentam a escola! Acima.

Se o IV Mandamento manda aos filhos honrar, obedecer e acatar os pais, é também encargo e obrigação dos pais educar os filhos. É a recíproca.

É claro que o ensino familiar tem de ser controlado, pois a autofiscalização geralmente não é aceitável. Mas deve-se controlar sem interferências danosas: examinar é uma coisa, dirigir é outra, vetar é muito, muito diferente.

Há um extenso debate na sociedade entre educadores sobre os benefícios dessa modalidade de ensino. O aprofundamento do tema da educação e de muitos outros temas começa com um princípio extremamente simples, mas que tem um nome complicado: o princípio de subsidiariedade.

Dr. Plinio o resume muito sumariamente: “A cada família toca o direito e o dever de fazer por si tudo quanto pode, e o Estado a deve auxiliar no que ela não pode alcançar por si”. De uma maneira supletiva, subsidiaria, como dizem os Papas.

Mais uma razão para Você aderir a essa nobre causa do ensino familiar. Se os primeiros a terem essa ideia não se tivessem movimentado, não haveria hoje 2 milhões de alunos no ensino familiar, só nos Estados Unidos.

Então, se é seu caso,  mexa-se! Comece bem o 2013! Sempre dentro das leis, trabalhe em favor de seus filhos, com a ajuda de Maria Santíssima.


[1] A pesquisa foi encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus produtos a vários países..

[2] Palestra promovida por este Instituto, sobre o tema: Crise no Ensino Fundamental e Médio põe em risco a educação que você dá para seus filhos.

[3] Cf. Catolicismo, dezembro 2012.

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