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Plinio Corrêa de Oliveira
IPCO em Ação

06/08 – Festa da Transfiguração de Nosso Senhor


No ano de 1456, o sultão otomano Maomé II, “o Conquistador”, cercou a cidade fortificada de Nándorfehérvár, atual Belgrado, na confluência dos rios Danúbio e Sava. Esse sultão, tendo se apoderado de Constantinopla nesse mesmo ano, havia jurado hastear o estandarte otomano no Capitólio de Roma, ameaçando assim toda a Cristandade. Era, pois, necessária uma reação imediata e eficaz. O Papa Nicolau V convocou então uma Cruzada, chefiada por João Corvino (János Hunyadi), e nomeou São João de Capistrano como seu pregador e chefe religioso. Por suas exortações cheias de fogo, São João Capistrano animou os católicos a pegarem em armas contra os turcos que ameaçavam o nome cristão.

Após a morte do Papa Nicolau V ascendeu ao trono pontifício Calixto III, que fez o voto de empregar todas suas forças e até a última gota de seu sangue nessa guerra.

O cerco se transformou em uma grande batalha, durante a qual Hunyadi conduziu um contra-ataque repentino contra o acampamento otomano, obrigando o ferido Sultão Maomé a levantar o cerco e a recuar. Essa batalha teve consequências significativas, uma vez que estabilizou as fronteiras do Sul do Reino da Hungria por mais de meio século, atrasando consideravelmente assim a expansão do Império Otomano.

A jubilosa notícia dessa vitória chegou a Roma no dia 6 de agosto. Para comemorá-la, Calixto III estendeu a festa da Transfiguração de Nosso Senhor a toda a Igreja universal.

Essa festa era já comemorada duas vezes no ano litúrgico: no sábado das Têmporas da primavera e no segundo domingo da Quaresma, para afirmar a divindade do Salvador.

A Transfiguração de Cristo Jesus foi relatada pelos três evangelistas, São Mateus, São Marcos e São Lucas.

O primeiro narra que Jesus tomou um dia seus três discípulos escolhidos, Pedro, Tiago e João, e subiu com eles em um monte, provavelmente o Tabor: “E transfigurou-se diante deles. Seu rosto brilhou como o sol, e suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E apareceram-lhes Moisés e Elias, falando com Ele”. Empolgado, São Pedro então disse ao Redentor: “Senhor, como estamos bem aqui! Se quiseres, farei aqui três tendas, uma para ti, uma para Moisés, e outra para Elias”. Nesse momento uma nuvem resplandecente os cobriu, e ouviu-se uma voz que dizia: “Este é meu Filho amado, em quem tenho minha complacência. Ouviu-o”. Os Apóstolos “caíram sobre o rosto, assaltados de grande temor”. Nosso Senhor então, aproximando-se deles, disse: “Levantai-vos. Não temais”. E não viram mais ninguém a não ser Ele (Mt 17, 1-7).

A devoção ao Santíssimo Redentor ou ao “Senhor Bom Jesus” foi sempre muito popular no Brasil-colônia, existindo ainda hoje diversos santuários dedicados a Ele, que são locais de peregrinações.

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Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

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O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.

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