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Cruzada de orações pela Igreja no próximo Sinodo

14/02 – São Cirilo e São Metódio, Bispos e Confessores

Por Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

4 minhá 6 anos


Co-patronos da Europa, Apóstolos dos eslavos

No ano de 1980 completaram-se cem anos da carta encíclica de Leão XIII, Grande Munus, de 30 de setembro de 1880, com a qual esse Pontífice recordou a toda a Igreja as figuras e atividade apostólica desses dois famosos santos. Ao mesmo tempo, o Pontífice introduziu a festividade litúrgica deles no calendário da Igreja.

Cirilo e Metódio eram dois irmãos gregos, mas nascidos no século IX em Tessalônica, cidade na Macedônia, evangelizada por São Paulo. Seus verdadeiros nomes antes que se fizessem monges, era Miguel e Constantino.

Os dois irmãos, desde cedo entraram em relações culturais e espirituais com a Igreja patriarcal de Constantinopla, então florescente pela sua cultura e atividade missionária.

Cirilo tornou-se um filosofo de grande valor, e Metódio governador duma colônia eslava na Macedônia.

Com o intuito de prestarem serviços missionários à Igreja, os dois irmãos escolheram o estado religioso, começando a evangelizar os cazários, da Criméia. Entretanto, sua mais importante obra foi a missão na Grande Morávia, entre os povos que habitavam então a península balcânica e as terras percorridas pelo Danúbio.

A Morávia tinha já sido evangelizada por missionários italianos e alemães, ficando ligada à Igreja alemã. Mas como eles não conheciam a língua local, tiveram pouco fruto. Foi então que, em 863, o rei Wratislaw pediu ao imperador de Constantinopla novos apóstolos, que fossem familiarizados com a língua eslava. Os dois irmãos foram os escolhidos, e para lá se dirigiram em 864.

Contudo, como eles tinham na época só ordens menores, dedicaram-se apenas em fazer apostolado com a juventude, e a traduzir parte da Bíblia e da liturgia para a língua eslava. Para isso inventaram os caracteres especiais necessários.

Acontece que os eslavos tinham especial dificuldade com a língua latina. O que levou os dois irmãos a se dirigirem a Roma em 867, para pedir ao papa Adriano II, permissão para usar a língua vulgar do país nos ofícios divinos. O Papa os recebeu bem, aceitou sua proposta, e os consagrou bispos. Entretanto Cirilo, tendo um pressentimento de seu próximo fim, ficou em Roma, enquanto Metódio retornou só para a Moravia.

Nessa época ocorreu que, a pedido dos príncipes morávios Rastilav e Svatopluk, e do príncipe eslavo Kocel, da Panônia, Adriano II fundou a arquidiocese da Morávia e Panônia, independente da igreja alemã, e designou Metódiopara seu arcebispo.

A situação estava assim, quando o rei Luís, da Alemanha, pressionado pelos bispos daquele país, convocaram o santo para um sínodo em Ratisbona. Lá o depuseram do arcebispado, e o condenaram à prisão num mosteiro alemão.

Metódio ficou preso por dois anos e meio, sendo liberto em 873, por estrita ordem do papa João VIII, e reinstalado como arcebispo da Morávia.

O santo trabalhou intensamente para difundir a fé entre os boêmios e também entre os poloneses do norte do país.

Apesar de sempre perseguido pelo clero alemão pelo fato de conduzir a liturgia em língua eslava, apesar de esta ter sido aprovada pelo Papa, Metódio foi para Constantinopla onde, com a assistência de muitos sacerdotes eslavos, completou a tradução da Sagrada Escritura naquela língua, com exceção do Livro dos Macabeus. Traduziu também o “Nomocanon”, isto é, a lei eclesiástica civil grega para aquele idioma.

São Metódiofoi nomeado arcebispo da Panônia, com sede em Sirmio, mas voltou para seus eslavos. Tendo a saúde abalada por causa de sua longa luta e trabalhos, ele faleceu no dia 6 de abril de 885 em Roma, recomendando como seu sucessor seu discípulo Gorazd, eslavo da Morávia. O santo foi enterrado junto às relíquias de São Clemente, que ele mesmo trouxera de Quersoneso.

Dele diz o Martirológio Romano no dia 6 de abril: “Em Wyschehrad, na Morávia, o natalício [para o céu] de São Metódio, bispo e confessor. De parceria com o irmão, São Cirilo, bispo também, cujo natalício ocorre em 14 de fevereiro, levou a fé de Cristo a muitas nações eslavas com seus soberanos”.

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O Instituto Plinio Corrêa de Oliveira é uma associação de direito privado, pessoa jurídica de fins não econômicos, nos termos do novo Código Civil. O IPCO foi fundado em 8 de dezembro de 2006 por um grupo de discípulos do saudoso líder católico brasileiro, por iniciativa do Eng° Adolpho Lindenberg, seu primo-irmão e um de seus primeiros seguidores, o qual assumiu a presidência da entidade.

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