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O primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama, anunciou na quinta-feira (11) a nomeação de uma ministra gerada por inteligência artificial (IA), informa o portal G1 com base na AFP, 13 de setembro.

Falar em Ministra gerada pela IA, quem sabe, pode parecer a muitos brasileiros uma solução para a corrupção de tantos Ministros e não Ministros. Quem sabe, acabaria a roubalheira ... a perseguição ... o retorno à moralidade pública.

A nova ministra já era conhecida do público. Em janeiro, ela foi apresentada como assistente virtual do governo para auxiliar no uso da plataforma oficial e-Albania, que oferece serviços digitais.

Compreendo que para alguns de nossos compatriotas a iniciativa seja vista com uma esperança de moralização do serviço público. Eficácia também, reduz a burocracia.

Não é tão simples assim. Sugere uma questão fundamental: devemos colocar a eficácia acima do próprio homem? Aquela definição clássica de que o governo existe para o bem comum daria o prêmio Nobel a uma Nação que colocasse todos os escalões do Governo na direção da IA?

Afinal, os homens não devem ser governados por seres digitais, por robôs, pela IA. O Turning Point de Charlie Kirk, por exemplo, apontava para um modelo ideal de homem, de sociedade, de Valores Morais.

Há uma diferença profunda entre usar a IA e ser governado pela IA. A técnica, as leis da natureza, a ciência estão a serviço do homem que é definido pela Sagrada Escritura como o Rei da Criação.

Deus é o Criador, sua Sabedoria infinita colocou leis na ordem da natureza: leis na física, na química, na biologia, na psicologia etc. À medida que o homem descobre essas leis ele as submete à razão e faz uso delas de um modo a servir o o ser humano, a socieade.

Por exemplo, a energia: tração animal, energia eólica (moinhos de vento, caravelas), vapor, eletricidade, energia atômica. Cada uma dessas etapas, descobrindo forças cada vez mais poderosas, exigem do homem uma sabedoria maior para usá-las. Não podemos, por exemplo, colocar uma mini bomba atômica nas mãos de cada cidadão.

E tudo isso o que tem que ver com o uso da IA? Responda o leitor. Se chegamos a uma tal decadência dos homens em que os Ministros (quem sabe os Presidentes também) podem ser Digitais (Ministros-IA) está decretada a falência do homem enquanto criado à imagem e semelhança de Deus.

Invistamos na ciência; com nossa inteligência e vontade descubramos as leis que o Criador pôs na Natureza; utilizemos delas para o bem comum ... nunca, entretanto, sonhemos em colocar a IA como supremo ditador da organização humana. Auxiliar, sim; ditador, não.

Aí, sim, se entende uma nova Cruzada para que o homem volte a ser o Rei da Criação.

Resumindo: técnica, sim a serviço do homem, governada e dirigida pelo homem. Jamais podemos querer uma IA que nos governe … a menos que estejamos tão infantis que os robôs e IA passem a ser os ditadores do mundo.

Hitler, Stalin, Mao não sonharam com tanto poder ditatorial.

Nossa Senhora da Sabedoria nos guie nessa cruzada pela verdadeira dignidade humana, aquela que se fundamenta na sua criação à imagem e semelhança do Criador.

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